A edição 2019 do Verão Arte Contemporânea (VAC), com programação até 17 de fevereiro, traz mais uma vez a perspectiva de valorização da cultura local e, sobretudo, da pesquisa e da experimentação nas artes. Um dos destaques desta semana enfatiza exatamente essa proposta. Os músicos Fred Selva (vibrafonista, percussionista, compositor e arranjador) e Felipe Continentino (baterista e compositor) se apresentam nesta quinta (31), a partir das 19h, no CCBB, na Praça da Liberdade, prometendo inovar e ousar. “Vai ser um show bem conceitual, não só no repertório, mas na iluminação do Luiz Alberto de Filippo, no som, a cargo do Rafa Dutra. A ideia é experimentar em todos os sentidos e isso casa muito bem com o que o VAC propõe”, afirma Fred Selva.
A parceria com Felipe não é novidade. Os dois já vêm tocando juntos há um bom tempo e, mesmo com a temporada argentina de Fred Selva – o artista morou de 2015 a 2018 em Buenos Aires –, os laços não afrouxaram. Muito pelo contrário. Apesar de distantes geograficamente, os dois se aproximaram da música eletrônica e trocaram figurinhas sobre o gênero. “Conheci muita gente interessante desse universo na Argentina, cenários bacanas. E aqui, o Felipe também estava se sentido atraído por essa onda e em construir programas, sintetizadores. A gente estava na mesma sintonia. Nos nossos encontros, seja no Brasil ou lá, a gente sempre comentava sobre a ideia de formar um duo. Casou a fome com a vontade de comer”, explica.
Fred retornou a Belo Horizonte no Natal de 2018 e, pouco tempo depois, já estava com o amigo se apresentando no Café com Letras, na Savassi. “Aquilo foi uma prévia do que vamos mostrar no CCBB. A intenção é sair rodando com este show em teatros, num modelo mais de concerto, como vai ser no VAC, como no formato de pocket show”, diz. No repertório, Fred e Felipe vão mostrar um trabalho autoral, experimentar e improvisar.
Formado em percussão na Escola de Música da UFMG, Fred Selva estudou jazz no Conservatório Manuel de Falla, em Buenos Aires. Em 2015, venceu o Prêmio BDMG Instrumental e lançou seu primeiro disco, 'A estranheza e o poliglota'. O segundo trabalho veio no ano passado, mesmo morando longe do Brasil. 'Oculto vol.1', produzido pelo baixista Frederico Heliodoro, vai ganhar um segundo volume em 2019. “Esse projeto vai ter músicas minhas e do Fred Heliodoro e, certamente, terá alguma referência do eletrônico que já estava presente no primeiro. Paralelamente, estou fazendo um disco com essa pegada e que vai contar com a participação de letristas daqui e de Buenos Aires”, revela o músico, confessando-se um pouco assustado com o ambiente político que se deparou ao retornar. “É um momento meio de caos, de trevas, mas, ao mesmo tempo, sinto que eu deveria estar aqui. O meu desejo de criar está sendo provocado. Tenho medo, mas temos que seguir e viver”, diz.
FELIPE CONTINENTINO E FRED SELVA
Centro Cultural Banco do Brasil. Praça da Liberdade, 450, Funcionários, (31) 3431-9400. Hoje, às 19h. R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Classificação livre.
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Fred retornou a Belo Horizonte no Natal de 2018 e, pouco tempo depois, já estava com o amigo se apresentando no Café com Letras, na Savassi. “Aquilo foi uma prévia do que vamos mostrar no CCBB. A intenção é sair rodando com este show em teatros, num modelo mais de concerto, como vai ser no VAC, como no formato de pocket show”, diz. No repertório, Fred e Felipe vão mostrar um trabalho autoral, experimentar e improvisar.
Formado em percussão na Escola de Música da UFMG, Fred Selva estudou jazz no Conservatório Manuel de Falla, em Buenos Aires. Em 2015, venceu o Prêmio BDMG Instrumental e lançou seu primeiro disco, 'A estranheza e o poliglota'. O segundo trabalho veio no ano passado, mesmo morando longe do Brasil. 'Oculto vol.1', produzido pelo baixista Frederico Heliodoro, vai ganhar um segundo volume em 2019. “Esse projeto vai ter músicas minhas e do Fred Heliodoro e, certamente, terá alguma referência do eletrônico que já estava presente no primeiro. Paralelamente, estou fazendo um disco com essa pegada e que vai contar com a participação de letristas daqui e de Buenos Aires”, revela o músico, confessando-se um pouco assustado com o ambiente político que se deparou ao retornar. “É um momento meio de caos, de trevas, mas, ao mesmo tempo, sinto que eu deveria estar aqui. O meu desejo de criar está sendo provocado. Tenho medo, mas temos que seguir e viver”, diz.
FELIPE CONTINENTINO E FRED SELVA
Centro Cultural Banco do Brasil. Praça da Liberdade, 450, Funcionários, (31) 3431-9400. Hoje, às 19h. R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Classificação livre.