O cenário é o interior de Alfenas, na Região Sul de Minas Gerais, em meados da década de 1980. Dois irmãos pequenos vigiam a porta de uma loja de discos à espera das novidades – Legião Urbana, Barão Vermelho – o que normalmente demorava cerca de seis meses após o lançamento nacional. Do contrário, aguardavam a aparição no rádio para gravá-las em fita cassete. Quando o CD finalmente chegava, a dupla passava dias a fio ouvindo e aprendendo os acordes no violão.
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No repertório, sucessos de todas as fases. De canções do Barão Vermelho a hits de pop, rock, blues e MPB. O tempo não para, Exagerado, Codinome beija-flor e a icônica Brasil estão no repertório. “Estamos vivendo um momento muito importante. Que nós artistas não esqueçamos nunca o quanto importante é um discurso político contra ‘essa caretice, essa babaquice’, da qual Cazuza já cantava em Vida louca vida. Tem coisas que ficam entaladas, e no show nós desabafamos”, diz.
Em meio aos clássicos, uma novidade: o poema inédito Não reclamo, musicado por Sideral. O produtor adicionou a canção na setlist para “jogar mais poesia no ar”.
Atualmente, Sideral se prepara para o lançamento do disco Tropical blues vol. 2, após o carnaval. O terceiro volume será liberado em seguida – ambos têm sete canções. Um álbum de inéditas gravado neste ano também deve ser lançado, e inclui outros poemas inéditos de Cazuza.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Pablo Pires Fernandes
ROGÉRIO FLAUSINO E WILSON SIDERAL
Nesta quinta (20), às 22h. Mercado Distrital do Cruzeiro. Rua Ouro Fino, 452, Cruzeiro, (31) 3223-7844. Homenagem a Cazuza.