Springsteen on Broadway – performance intimista em que Bruce Springsteen, “The Boss”, volta às raízes, sozinho e próximo do público – entra em cartaz na plataforma Netflix neste domingo.
A força da atração está no fato de o astro contar sua vida como um homem simples, apaixonado pelo ofício. Durante duas horas e meia muito intensas, ele relembra alegrias, tristezas e dúvidas. Revela forças e fraquezas.
O programa traz 15 clássicos de seu repertório, gravados em Nova York. Springsteen revela a origem de cada canção. Menciona o pai – ao mesmo tempo “herói e pior inimigo”, como diz ao interpretar My father’s house. Lembra a mãe, elogiando “a bondade, otimismo, educação e paixão dela por dançar” (The wish). Homenageia a mulher, Patti Scialfa, com quem cantava Tougher than the rest e Brilliant disguise.
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O músico faz um desabafo sobre o amor e a infância em Growin’up, reflete sobre Nova Jersey (My hometown) e revela seus sonhos ao cantar Thunder road e Born to run.
MASSACRE Nesse recital íntimo, há espaço para os Estados Unidos, país de todas as possibilidades (Land of hope and dreams). Estão lá as marcas do massacre de 11 de setembro (The rising) e a nação dividida por Donald Trump (The ghost of Tom Joad). E, claro, Born in the USA, momento em que o compositor afirma não ter mais motivos para ser tão incompreendido.
Muitas das anedotas de Bruce fazem parte da autobiografia Born to run, publicada há dois anos. No entanto, Springsteen on Broadway não foi concebido como prolongamento do livro. O conceito nasceu enquanto o astro fazia um show para Barack Obama, em janeiro de 2017.
Em 2019, quando completará 70 anos, Bruce promete se dedicar à gravação de canções inéditas. (AFP)