“O que acontece aqui? Duelo de MCs. O que aconteceu aqui? Duelo de MCs!”. Esse grito de milhares de pessoas é ouvido há 11 anos debaixo do Viaduto Santa Tereza, no Centro de BH. Neste fim de semana, não será diferente. A capital mineira volta a receber o campeonato que reúne rappers de todos os cantos do país. Com direito a shows de Djonga, Cris SNJ, Sid e Tamara Franklin, entre outros. Tudo com entrada franca.
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Ano passado, a final nacional do Duelo de MCs atraiu 10 mil pessoas. Muita gente não conseguiu acompanhar as batalhas de rimas, lembra Pedro.
Outra novidade é a democratização proporcionada pelo novo formato de seleção, que permite alcançar todos os estados. Até 2017, alguns pontos-chave do país promoviam seletivas – decidia-se entre eles o representante de cada região na final. O novo modelo, semelhante ao adotado pela Copa do Mundo, ampliou o leque. A final deste ano contará, pela primeira vez, com representantes do Ceará e do Amapá, por exemplo. O vencedor receberá prêmio de R$ 7 mil, roupas de grifes parceiras do Duelo e poderá gravar seus raps em estúdio.
Cerca de 2,5 mil MCs participaram do processo seletivo, que envolveu 200 cidades. Em Minas Gerais, por exemplo, houve prévias na Grande BH, Vale do Aço, Região dos Inconfidentes, Triângulo, Zona da Mata e Região Sul. "A cena não está concentrada no Sudeste ou em Brasília, que têm os MCs mais conhecidos. Há gente batalhando no Brasil inteiro. Exemplo disso é o cearense MCharles, de Juazeiro do Norte. Outro rapaz, que veio do Acre, viajou dois dias para chegar a BH", diz Pedro Valentim.
MULHERES Apenas em três edições do Duelo Nacional as mulheres chegaram à final: Mirapotira, de Salvador, em 2012; Clara Lima, de BH, em 2015; e a catarinense Dre Araujo, a única MC entre os 16 finalistas deste ano.
De acordo com Pedro Valentim, a edição 2018 do Duelo foi organizada pelo coletivo FDR e colaboradores de vários estados, sem ajuda financeira da Prefeitura de Belo Horizonte ou lei de incentivo.
A final terá vários shows. Neste sábado, vão se apresentar Tamara Franklin, de BH, e MC Sid, do Distrito Federal. Domingo, será a vez do belo-horizontino Djonga, um dos nomes mais respeitados do rap do país, e Cris SNJ. De acordo com Valentim, a infraestrutura conta com banheiros químicos e serviço de segurança.
Os finalistas do Duelo 2018 são MC W (AM), MC Ninja (AC), Rasta (PA), Ayala (AP), Zook (MA), Takezo (MA), Vitu (PE), Charles (CE), Willy (BA), Chagas (BA), Neo (RJ), NG (MG), Pedrinho (RS), Dre Araujo (SC), Dejah (GO) e Miliano (MS).
*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
DUELO DE MCS NACIONAL 2018
Sábado (15/12) e domingo (16/12), das 13h às 18h. Sábado, shows de Tamara Franklin e MC Sid. Domingo, shows de Djonga e Cris SNJ. Viaduto de Santa Tereza, Centro de BH. Entrada franca.
Os finalistas
Grupo A – Amazonas, Acre e Rondônia. Representantes: MC W (AM) e MC Ninja (AC)
Grupo B – Roraima, Pará e Amapá. Representantes: Rasta (PA) e Ayala (AP)
Grupo C – Maranhão, Piauí e Tocantins. Representantes: Zook e Takezo (MA)
Grupo D – Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Representantes: Vitu (PE) e Charles (CE)
Grupo E – Alagoas, Sergipe e Bahia. Representantes: Willy (BA) e Chagas (BA)
Grupo F – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Representantes: Neo (RJ) e NG (MG)
Grupo G – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Representantes: Pedrinho (RS) e Dre Araujo (SC)
Grupo H – Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Representantes: Dejah (GO) e Miliano (MS)
Informações sobre Família de Rua no Facebook oficial do coletivo.