“Se não existisse a música, qual seria a arte que a substituiria?” Essa questão mobiliza o sambista Dudu Pinheiro, que lança seu disco de estreia, nesta quarta-feira (5), com show na Sala Juvenal Dias. O título do álbum, O samba que mora em mim, serve bem de resposta à inquietação do artista.
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Formado em publicidade, o músico trabalhou em algumas agências, mas nunca deixou de se apresentar e compor. “Chegou a hora em que precisei decidir.
Dudu Pinheiro tem 30 anos. Participou de alguns projetos com o grupo de samba Chapéu Panamá e, depois disso, decidiu lançar o primeiro álbum solo, com cinco faixas autorais.
Com arranjos leves e bem desenvolvidos, além de letras ricas em metáforas, O samba que mora em mim traz, além de questões pessoais de Dudu, denúncias de crimes e injustiças que ocorrem no país. Karajá, a segunda faixa, é uma delas. O assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, ocorrido em março deste ano, surge de maneira sutil na homenagem aos índios carajás.
Roda, que abre o álbum, revela como as rodas de samba ajudam Dudu Pinheiro a transcender a realidade de preconceitos e injustiças que presencia.
“A gente tem que reverberar as nossas ideias, propor coisas novas.
No show, Dudu Pinheiro dividirá o palco com Abel Borges e Daniel Guedes (percussão), Augusto Cordeiro (violão), Castório Edu (baixo) e Marcelo Pereira (sax e flauta).
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
O SAMBA QUE MORA EM MIM
Show de Dudu Pinheiro. Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes. Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400. Nesta quarta-feira (5), às 20h. R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)..