A versatilidade e a experimentação são características da Orquestra Ouro Preto, regida pelo maestro Rodrigo Toffollo. Os projetos Valencianas, parceria com o pernambucano Alceu Valença, e The Beatles 1 e 2, inspirado no repertório da icônica banda britânica, foram iniciativas de sucesso. Desta vez, o grupo sobe ao palco do Grande Teatro do Sesc Palladium, em BH, para se apresentar com Ivan Lins e Gilson Peranzzetta, que comemoram 45 anos de parceria. Os ingressos estão esgotados. Na primeira parte, a orquestra se apresentará sozinha, com arranjos criados pelo violinista Mateus Freire. Na segunda, Ivan e Gilson executarão com a orquestra as canções Setembro, Olhos pra te ver e Love dance, entre outras.
No piano, Peranzzetta se apresenta como solista, acompanhado pela Orquestra Ouro Preto e músicos convidados. Ivan Lins, além de cantar, 'pilotará' os teclados. “Tocar em Minas Gerais é maravilhoso. Tenho uma relação muito boa com as pessoas e com a música mineira. Minas tem excelentes compositores, grandes artistas”, afirma Ivan.Os arranjos das canções de Lins foram criados por Peranzzetta. “É muito legal escutar minhas músicas com arranjos produzidos poroutros artistas. Mostra como cada pessoa entende a minha música. Isso é muito bacana”, conta Ivan.
O primeiro contato dos músicos com a orquestra mineira ocorreu em outubro de 2017, no Festival Musimagem. “A orquestra estava ensaiando quando os dois chegaram a nosso ensaio. Conversamos bastante até que o Gilson propôs fazermos um trabalho juntos”, conta Toffollo. “Já conhecia o Gilson, havíamos trabalhado juntos, mas o Ivan só conhecia de nome. Descobri que ele é um cara muito divertido, além de grande artista. É muito bom trabalhar com ele”, acrescenta o maestro.
“Estamos trabalhando com artistas muito competentes. O Rodrigo, por exemplo, é um rapaz muito bacana e ótimo regente. Costumo dizer que um bom maestro não rege, ele benze”, brinca Peranzzetta. O concerto marca os 45 anos de parceria de Lins e Peranzzetta. “Será uma coisa de amigos mesmo. São 45 anos de amizade verdadeira e de trabalho com o Ivan. Apesar de termos parado de subir ao palco juntos, nunca deixamos de compor”, conclui Peranzzetta.
* Estagiário sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria