Leila Pinheiro canta 'o fino da bossa' em BH neste fim de semana

Cantora paraense se apresenta com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais no Grande Teatro do Palácio das Artes sábado (10) e domingo (11)

por Débora Anunciação* 09/11/2018 07:00

Washington Possato / Divulgação
(foto: Washington Possato / Divulgação)
“Nasci em 1960. Então, quando abri os olhos e ouvidos, a bossa nova já estava ali, fervendo”, relembra a cantora e pianista paraense Leila Pinheiro. Ao completar 60 anos, o gênero musical celebrizado por João Gilberto, Tom Jobim e Vinicius de Moraes, entre outros talentos brasileiros, ganha homenagem em BH. Sábado (10) e domingo (11), Leila se apresenta com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, no Palácio das Artes.


A bossa nova é matriz do que há de melhor na música de nosso país, acredita Leila. “Cresci ouvindo os grandes compositores. Tudo o que sou como artista, a minha paixão por harmonias intrincadas e ricas, pelas melodias, vem desse ambiente”, diz.


Clássicos estarão reunidos na abertura instrumental de cinco minutos, tradição do projeto Sinfônica Pop. A suíte será comandada pelo pianista e arranjador Fred Natalino. O repertório contempla composições de Chico Buarque, Flávio Venturini, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Eduardo Gudin, J. C. Costa Netto, Baden Powell, Edu Lobo e Paulo César Pinheiro, entre outros. Sob a batuta do maestro Sérgio Gomes, Leila vai cantar Insensatez, Ela é carioca, Por toda a minha vida e Modinha, além do medley Pra que chorar/ Tem dó/ Samba da bênção.


O projeto da orquestra mineira busca desmistificar a seriedade atribuída ao repertório sinfônico. Sucessos recebem arranjos diferenciados com o intuito de aproximar o público do universo erudito. “Tocamos todos os tipos de música. Apresentamos canções conhecidas em nova roupagem, não necessariamente mais séria”, explica o maestro Sérgio Gomes.

DIÁLOGO De acordo com o regente, bossa nova e MPB dialogam com a música acústica, o que torna a junção interessante. “Quando acompanhamos um cantor de rock, também dá certo, mas o equilíbrio se torna mais difícil”, observa Gomes.


Leila Pinheiro já perdeu as contas de quantas vezes se apresentou com grandes orquestras. Para ela, participar de concertos é uma dádiva. “Sou pianista, então tenho muita intimidade com a música. Valorizo o que acontece dentro da orquestra para que eu possa me colocar. A ideia é somar, de forma que tanto a música quanto o público ganhem com isso”, conclui.

* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria


SINFÔNICA POP

Com Leila Pinheiro e Orquestra
Sinfônica de Minas Gerais.
Sábado (10), às 20h30;
domingo (11), às 19h. Grande
Teatro do Palácio das Artes.
Avenida Afonso Pena, 1.537,
Centro. R$ 60 (inteira) e
R$ 30 (meia-entrada).
 Informações: (31) 3236-7400.
Vendas on-line no site
Ingresso Rápido.

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