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Considerado o quinto Skank, Chico Amaral se apresenta ao lado de Samuel Rosa

O compositor e instrumentista Chico Amaral encerra nesta quinta-feira (18) a temporada de shows mensais que promoveu seu reencontro com importantes parceiros. Após se apresentar ao lado de Ed Motta, Leo Gandelman, Affonsinho e Marina Machado, o veterano “fecha com chave de ouro”, em suas palavras, e sobe ao palco com Samuel Rosa. Considerado o quinto Skank, Chico é coautor de alguns dos maiores sucessos da banda, como Vou deixar, Pacato cidadão, Garota nacional e Jackie Tequila.

“Essa parceria tem uma importância imensa na minha trajetória. Foi um divisor de águas, que mudou minha carreira”, afirma o anfitrião. “Por indicação do Affonsinho, comecei a fazer músicas para o Samuel. Fui o primeiro letrista do Skank e, antes, cheguei a tocar saxofone com o Pouso Alto”, conta, referindo-se ao nome inicial da banda que deu origem ao Skank.

“Uma galera daqui de BH – que incluía Samuel, Affonsinho e eu – estava envolvida com o rock e a música pop, naquele final dos anos 1980. Era comum a todos nós essa vontade de tocar guitarra, formar uma banda, compor e gravar com essa estética. Apesar de ser mais velho que os dois, estava muito ligado a eles por essa busca”, lembra Chico. Na noite de amanhã, o artista toca guitarra e violão, mas também solta a voz.
Na abertura, Chico interpreta três canções: Tanto, sua versão para I want you, de Bob Dylan; O trem, sua versão para The city of New Orleans, de Steve Goodman; e Réu e rei, composta a quatro mãos com Samuel Rosa.

 

Como nos outros shows, o setlist foi definido pelo anfitrião, sempre em acordo com seus convidados. Segundo ele, Samuel não deixou que ficasse de fora a emblemática Te ver, um dos hits de Calango (1994), o segundo álbum do Skank. Ao longo da noite, a dupla passeia por algumas das 70 canções que escreveu.

Dessas, Chico elege sua favorita. “As noites é especial para mim”. Pouco conhecida do grande público, a canção integrou o disco Cosmotron (2003). “É bonita e curiosamente triste.

Acho bacana a presença de uma canção assim no repertório do Skank, que é visto como um grupo alegre, festivo. Além desta melancolia, gosto de todo o resultado musical, da construção da letra e da melodia. Fomos muito felizes nessa composição.”

FRONTMAN

O músico observa que o projeto Chico Amaral Convida trouxe uma experiência distinta para sua carreira. “Houve uma pequena inversão dos papéis, porque geralmente não sou o protagonista, o frontman. Com essas pessoas, sempre fui o sideman.”

A chance de revisitar sua própria carreira ao lado de antigos parceiros num mesmo palco foi preciosa para ele. “Foi uma alegria muito grande reencontrar esses amigos em outro estágio de nossas vidas profissionais. O mais gratificante, que está implícito no projeto, é a admiração, o afeto e o respeito mútuo que mantive com esses artistas, mesmo com todos os desgastes das engrenagens do mundo.”

Chico não descarta a possibilidade de uma nova temporada. Não há nada planejado, mas o músico deseja se apresentar com Leo Minax e Juarez Moreira. “Testamos um formato que satisfez plenamente e permite ainda muitas possibilidades.
Gostaria também de retomar os shows com essas mesmas pessoas com quem toquei nos últimos meses para aprofundar e aperfeiçoar cada apresentação. Na arte, afinal, tudo é a longo prazo.”

CHICO AMARAL CONVIDA SAMUEL ROSA
Quinta-feira (18/10), às 21h. Teatro do Centro Cultural Minas Tênis Clube. Rua da Bahia, 2.244, Lourdes. (31) 3516-1360.R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia-entrada).

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