Quinta edição do Palco Ultra traz Djonga e outros artistas com produções autorais

Com entrada franca, festival leva destaques da cena independente para a praça

por Mariana Peixoto 20/09/2018 22:03
Duane Carvalho/divulgação
Duane Carvalho/divulgação (foto: Duane Carvalho/divulgação)
Nove atrações integram a quinta edição do Palco Ultra, evento que vai tomar conta da Praça da Assembleia no sábado (22), a partir das 12h. Todos os convocados são artistas contemporâneos cuja produção autoral dialoga com os tempos atuais.


Encabeçando a seleção estão o rapper Djonga, hoje o nome mais importante do hip-hop de Minas Gerais; a banda indie Francisco, El Hombre, de Campinas, que leva a música latina para o universo roqueiro; e os baianos do Maglore, grupo que tem público cativo em BH.


Além de Djonga, a produção belo-horizontina comparece com os shows de Luan Nobat, Sara Não Tem Nome, Marcelo Veronez e Moons. Completa o time o músico Giovani Cidreira, também da Bahia.
Maglore toca em BH pela segunda vez em 2018. “A Autêntica é como se fosse a nossa casa na cidade, pelo menos uma vez por ano nos apresentamos lá. Mas estava faltando um show de graça, aberto ao público. Em festival é bem diferente, pois não tocamos para plateia que seja essencialmente nossa”, comenta Teago Oliveira, vocalista e guitarrista da banda.


O show se baseia no mais recente trabalho do grupo, Todas as bandeiras (2017), mas com espaço para canções dos três álbuns anteriores. No palco, o quarteto vai contar com mais uma guitarra. Léo Moraes, dono d’A Autêntica, coproduziu o disco e, sempre que pode, toca com a banda. Dependendo da recepção do público, a banda pode antecipar canções inéditas.


Explica-se: Maglore gravou 12 faixas para Todas as bandeiras. Só que duas delas ficaram de fora, e serão lançadas digitalmente até o fim do ano. Não existe saudade no cosmos já é bem conhecida por causa da gravação recente de Erasmo Carlos.


“O Marcus Preto, diretor musical do disco do Erasmo, estava procurando outros compositores para Amor é isso. Foi bem legal ele escolher essa minha canção, pois estou no meio de Marcelo Camelo, Nando Reis, Arnaldo Antunes, Marisa Monte”, conta Teago. Vale lembrar: Não existe saudade no cosmos foi o primeiro single do disco do Tremendão.

CIDADE BAIXA Palco Ultra é promovido pela produtora Ultra Music e pelo selo Under Discos, lançado neste ano. Luan Nobat é um dos primeiros artistas do selo – em maio, ele lançou seu terceiro álbum, Estação cidade baixa. No ano passado, a versão digital do trabalho veio a público em três EPs, com três músicas cada.


“Estação fala de idas e vindas, nascimento e morte; cidade, sobre a vivência numa grande cidade (no caso, Belo Horizonte); e baixa, mais denso, com músicas sobre relacionamentos”, comenta Nobat.
O disco é dedicado a BH, “resultado da observação dessa cidade contemporânea”, afirma o compositor. Nas canções, há referências facilmente reconhecíveis: Praia da Estação, Maletta e o Duelo de MCs. A sonoridade mistura ritmos como o congado e a marujada com a música contemporânea.


No palco, serão sete músicos – todos eles participaram das gravações do disco. Estação cidade baixa já foi visto em algumas ocasiões na capital. Nobat criou uma campanha de financiamento coletivo relâmpago para viabilizar o show de estreia em BH, bem como no Rio e Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. O show daqui já rolou, mas os das outras capitais ocorrerão até dezembro.

PALCO ULTRA FESTIVAL
Sábado (22), a partir das 12h. Praça da Assembleia, Santo Agostinho. Entrada franca.

Programação


»13h10 – Sara Não Tem Nome
»14h20 – Marcelo Veronez
»15h30 – Moons
»16h40 – Giovani Cidreira
»17h50 – Luan Nobat
»19h – Djonga
»20h30 – Maglore
»22h – Francisco, El Hombre

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