Oficina de instrumentos africanos trazem outras sonoridades a BH

O trabalho resulta de pesquisa musical desenvolvido de forma residencial pelo Mbiracles na África

por Estado de Minas 14/09/2018 08:00
Mel Produções/Divulgação
(foto: Mel Produções/Divulgação)
Fabio Mukanya Simões e Lwiza Gannibal, fundadores do Mbiracles, oferecem a oficina de mbira e instrumentos africanos neste sábado (15). 
 
Serão apresentadas todas as famílias de instrumentos africanos:  xilofones, lamelofones, membranofoles ( instrumentos feitos com membranas de couro), aerofones (instrumentos de sopro). O principal instrumento do projeto é a mbira, um lamelofone original do Zimbábue que se difundiu por quase todas as regiões da África, ganhou diferentes nomes e características. Outros instrumentos, como xilofones, harpas, arcos, aerofones, membranofones. 
 
"A música africana permeia toda vida das pessoas. Ela é muito funcional. Os instrumentos africanos atuam como ferramentas de cura e comunicação com ancestralidade.  
 
Mel Produções/Divulgação
(foto: Mel Produções/Divulgação)
Lwiza lembra da relação dos instrumentos africanos com os instrumentos usados em manifestações culturais brasileiras, como a capoeira. "O berimbau veio de angola. Os  tambores são usados na esperitualidade do candomblé, para a comunicação com os  espíritos", diz.

A pesquisadora lembra como a música africana é resiliente. "Os negros passaram por tantas aguras até chegar ao Brasil. Muitas línguas africanas se perderam, mas a música sobreviveu", completa.  

Não há pré-requisito para participar das oficinas. "Não é preciso ter formação musical e experiência formal com música. A música africana é muito orgânica", diz. 

 
Oficina de instrumentos africanos
Sábado (15), de 10h às 13h. Valores: R$ 60 ou 80 (participação consciente). Informações: (31) 97301-0090 ou 98782-0161 e melmproducoes@gmail.com 

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