O festival carrega no próprio nome uma estratégia: Sai da Rede – O Som que Vem da Web. O objetivo é levar para o palco fenômenos de popularidade que despontaram na internet, mas ainda não encontraram meios de viajar pelo país. O evento começa nesta quinta-feira (13), no Centro Cultural Banco do Brasil, e vai até domingo.
A curadoria ficou a cargo dos produtores culturais Amanda Menezes e Pedro Seiler, idealizadores do projeto. Vão cantar Baco Exu do Blues, Àttooxxá, Plutão Já foi Planeta, Luiza Lian, Iconili, Ana Muller, Luedji Luna e Almério. Também haverá rodas de conversa e exibição de filmes.
Seiler diz que os shows ressaltam a diversidade dos estilos musicais criados em diferentes regiões do Brasil. Ele destaca que não é mais possível ignorar a internet, o principal instrumento de produção, divulgação e consumo de música. “Estamos no ápice disso, é muito baixo o percentual dos formatos físicos. Os artistas conseguem fazer a própria divulgação nas redes sociais de maneira muito simples.”
MPB A cantora e compositora Luiza Lian diz que o festival é uma oportunidade de “colocar o trabalho no mundo”.
No domingo, a roda de conversa Mulheres na Web vai reunir a escritora Clara Averbuck e as youtubers Ana Luiza Palhares e Karla Lopes para conversar sobre feminismo, ativismo social, questões de gênero, igualdade racial e aceitação do corpo.
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Daniel presta homenagem a João Paulo, que faria 58 anos: 'Você faz muita falta!'Mr. Catra deixou músicas inéditas, afirma primeira esposa do cantorMineiros e cariocas abrem a roda no Contemporâneo Gastro ShowOs humoristas Caito Mainer (Rogerinho do Ingá), Daniel Furlan (Renan), Leandro Ramos (Julinho da Van) e Raul Chequer (Maurílio) vão participar de bate-papo no sábado (15).
TV Caito Mainer diz que a linguagem do Choque de cultura tem tudo para ser bem-sucedida em outras mídias, como a TV. “Assim como Falha de cobertura e O Último Programa do mundo (também da produtora TV Quase), o Choque é programa de TV, com linguagem de TV, estrutura de TV. Porém, todos têm uma certa precariedade e brincam com alguns códigos televisivos, que acabam virando comédia e sátira. Mas, para os personagens, aqueles programas existem e são para televisão”, afirma ele.
O humorista explica que seu programa é comprometido com a ética. “Colocamos ideias e piadas que achamos engraçadas, e não vemos graça em fazer piadas racistas, sexistas, homofóbicas. Mas não somos esse grupo que não ofende ninguém, ou seja, engajado em definir o limite do humor. Fazemos o nosso trabalho de acordo com o que a gente acredita, mas isso não nos impede de cometer erros”, diz Mainer. (Com Walter Felix)
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
FESTIVAL SAI DA REDE 2018
CCBB.