O violeiro e pesquisador Pereira da Viola estreia o show Brasil bonito, nesta quinta-feira (12), n’A Autêntica. O músico se aproxima de artistas como Bonga, de Angola, e Sona Jobarteh, de Gâmbia, sem perder o diálogo musical com mestres mineiros, como Zé Coco do Riachão e Valdão.
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Angela Ro Ro apresenta seu cancioneiro romântico e bem-humorado em BHJojo Todynho lança clipe em homenagem ao orgulho LGBT+Jaloo é destaque em festival que celebra arte queer em BH nesta sexta (13)Em Brasil bonito, Pereira aposta na diversidade nacional. Como uma de suas características artísticas, ele traz para as composições as origens indígenas e africanas do povo brasileiro. “Aposto nos aspectos que compõem nossa identidade cultural, artística e gastronômica. Tudo isso é muito bonito”, diz.
Pereira destaca o jeito brasileiro de tocar viola, bem diferente da maneira de Portugal, de onde o instrumento veio. “Sempre imagino a entrada da viola no Brasil via Porto Seguro. O primeiro encontro com os índios e, depois, o diálogo com a cultura afro.
Embora tenha foco nessas identidades do país, Pereira busca referências nos artistas africanos. “Entrei em contato com a obra de Sona e Bonga no segundo semestre do ano passado. Então, começamos a compor influenciados por eles.” Pereira se identificou com a parte rítmica do trabalho de Sona. “Ela tem uma história muito bacana. Foi a primeira mulher a tocar cora em todo o continente africano. Aprendeu às escondidas dos pais”, conta. Pereira identifica relação sonora entre a cora, instrumento de 21 cordas, e a viola, com 10 cordas.
Trata-se do novo trabalho que Pereira lança em 2018.
BRASIL BONITO
Com Pereira da Viola. Hoje, às 22h, A Autêntica (Rua Alagoas, 1.172, Savassi. Ingresso: R$ 25 (antecipado) e R$ 30 (portaria). Informações: goo.gl/SB2ddG..