“Sou, sou tricolor/Tenho Libertadores/Não alugo estádio/Sou hexa brasileiro/Nunca fui rebaixado”, manda a torcida do São Paulo. “Nós somos Cruzeiro/Tricampeão Brasileiro/Nada mais interessa/Nós somos a festa”, entoa a massa cruzeirense. “Nós queremos respeito/E comprometimento/Isso aqui não é o Vasco/Isso aqui é Flamengo”, provoca o torcedor rubro-negro.
Os versos mudam, mas a base é a mesma: Seven nation army, do The White Stripes. Já com 15 anos neste 2018, é a canção mais ouvida na Copa do Mundo da Rússia – executada em todas as partidas, nas entradas dos times em campo, virou o hino do Mundial. Não é novidade em uma Copa, já que os italianos a rebatizaram de The po po po po song quando se tornaram os melhores do mundo na Alemanha, em 2006.
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Em entrevista a Conan O’Brien em 2014, White afirmou: “Não sei por que eles acham que isso me incomoda (a recorrente execução da música em estádios). Como compositor, essa é a melhor coisa que poderia acontecer. Faz com que a música se torne folclórica.”
Bem, a gênese de Seven nation army dá pano para manga.
Para além do futebol, há outros campos de batalha do “Exército das sete nações”. Em 2011, durante a Primavera Árabe, a música esteve ligada às manifestações pró-democracia no Egito.