Esta não foi a primeira vez que a cantora lançou um álbum completo sem avisar aos fãs. Ela fez o mesmo com o elogiado Lemonade e com Beyoncé. Everything is love só está disponível na plataforma de streaming Tidal, do próprio Jay-Z.
Eles também gravaram um clipe - da música Apeshit - em frente à Monalisa, de Leonardo da Vinci, no Museu do Louvre, em Paris. Everything is Love tem 9 faixas.
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Nas páginas, o casal compartilha fotos íntimas da vida cotidiana - uma virada e tanto, depois que passaram por uma reconciliação e a renovação dos votos.
O álbum traz detalhes da vida privada do casal, algo que começou a ser explorado em trabalhos anteriores - em Lemonade Beyoncé revelou uma traição de Jay-Z, que mais tarde pediu desculpas em seu próprio 4:44.
A relação deles parece estar melhor, como sugere o nome do disco. Logo em seus primeiros versos, Beyoncé convida o marido: "Vamos fazer amor no verão".
Na última faixa, Lovehappy, eles admitem as dores passadas, mas valorizam seus esforços para superar as dificuldades. "Temos defeitos/ Mas ainda somos perfeitos um para o outro", canta Beyoncé.
Como dois dos maiores nomes negros da cultura pop americana, Beyoncé e Jay-Z desempenham um importante papel político nos Estados Unidos - das campanhas presidenciais de Barack Obama ao movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam).
Everything is Love oferece uma homenagem à identidade afro-americana em Black Effect, que começa, à la Beyoncé, com um monólogo sobre amor próprio, antes de endurecer o tom.
Na música, Jay-Z fala de Trayvon Martin, o afro-americano de 17 anos morto em 2012 por um guarda de bairro em um condomínio fechado na Flórida.
Em outra música, Jay-Z parece confirmar relatos de que ele negou o convite da NFL, a liga de futebol americano, para se apresentar no Super Bowl - o evento mais assistido da televisão americana - deste ano. O show acabou ficando a cargo de Justin Timberlake.
Jay-Z é um defensor ativo de Colin Kaepernick, o quarterback agora desempregado, cujo protesto de joelhos contra a injustiça racial durante o hino nacional provocou críticas furiosas do presidente Donald Trump.
"Eu disse não ao Super Bowl/ Vocês precisam de mim, eu não preciso de vocês", canta Jay-Z. "Todas as noites na endzone/ Diga à NFL que estamos nos estádios também", afirma, referindo-se à dinâmica comum no futebol americano, em que os times com dirigentes majoritariamente brancos têm a maioria dos jogadores negros.