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Scalene volta a BH com o show 'magnetite' e ao lado do Young Lights


Representante da nova geração de bandas brasileiras dedicadas ao rock, a Scalene é dos exemplares mais recentes e bem-sucedidos da cena brasiliense, casa de ícones nacionais como Legião Urbana e Capital Inicial. Diferentemente dos conterrâneos, no entanto, a banda tenta se afastar das influências estrangeiras e  abrasileirar o gênero. Nesta sexta-feira (25), o grupo desembarca na casa de shows belo-horizontina A Autêntica para apresentar o show do disco magnetite (2017).

É a segunda vez que o quarteto traz a apresentação à capital mineira. O primeiro show, realizado em outubro passado no Music Hall – que tem capacidade para até 1.300 pessoas –, o trabalho, com pouco mais de dois meses na praça, já tinha sido testado em uma das maiores vitrines musicais do país: o Rock in Rio. Agora, eles preparam o show para um público de até 300 pessoas e dividem a noite com os mineiros da Young Lights.

“Em relação ao show, não temos muito o que adaptar”, diz o guitarrista Tomás Bertoni. “Em cada cidade que a gente toca há uma proposta diferente, mas a quantidade de público afeta mais no sentido administrativo do que performático. Nessas ocasiões, quando temos a chance de tocar em casas menores, o público tem a oportunidade de ficar mais próximo.”

O músico divide o palco com seu irmão, o vocalista Gustavo Bertoni, e também com Lucas Furtado (baixo) e Philipe Mkk Nogueira (bateria). Juntos desde 2009, eles percorreram um caminho razoável até se estabelecer como uma das bandas mais prolíficas de Brasília da segunda década dos anos 2000.
A estreia se deu com o EP homônimo à banda, em 2010. Dois anos depois, o grupo lançou o disco Cromático. Foi com Real/Surreal (2013) e a participação no reality SuperStar que a banda despontou nacionalmente, criando lastro para a chegada do terceiro disco, Éter, em 2015.

O trabalho mais recente, magnetite, representa uma mudança de curso, ao tentar se aproximar das raízes brasileiras. Se antes o grupo apostava em sons marcados por instrumentos discretos, agora as canções ganharam peso e as guitarras ficaram mais agressivas. Além disso, a banda abriu os olhos para a abordagem de temas contemporâneos, como a fugacidade das redes sociais, caso da faixa esc (caverna digital), a tendência de padronização dos indivíduos (heteronomia) e críticas à mercantilização da fé (distopia). O sucesso fez com que o Scalene estendesse o trabalho com o EP %2bgnetite, lançado em abril passado, com quatro músicas inéditas e três versões acústicas do disco original.

“Mudanças de um CD para outro são normais e acaba que a gente vai agregando novas influências. No magnetite, nos baseamos nas músicas brasileira e eletrônica, principalmente no que diz respeito ao timbre das canções e às estruturas”, explica Tomás.
A ideia de abrasileirar as canções, segundo o músico, está expressa nas letras autorais e nos ritmos incorporados às guitarras.

 

Abaixo, confira o single ponta do anzol:

 


*Estagiário sob supervisão de Silvana Arantes

SCALENE
Sexta-feira (25), às 22h. Com Young Lights, n’A Autêntica (Rua Alagoas, 1.172, Savassi, BH). Ingressos: R$ 50 (4º lote; meia entrada) e R$ 80 (2º lote; inteira). Vendas on-line pelo Sympla. Classificação: 18 anos ou menores acompanhados dos pais ou responsáveis legais. Meia entrada garantida a estudantes, idosos ou a quem levar 1 kg de alimento não perecível. Mais informações: (31) 3654-9251.

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