Luiz Schiavon, Fernando Deluqui e Paulo Pagni, ex-integrantes da banda RPM, querem retomar o grupo e pedem na Justiça para que Paulo Ricardo seja proibido de cantar os hits e fazer referências à banda individualmente.
O cantor teria rompido acordo firmado em 2007 em que todos os integrantes da banda se comprometiam a não utilizar a marca RPM em carreira solo. De acordo com os músicos, o vocalista Paulo Ricardo ficou de fazer o registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com a marca da banda no nome dos quatro membros. Porém, segundo o advogado de acusação Spencer Toth Sydow, o cantor só fez o registro no nome dele.
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"Nos ajudamos e lutamos para construir o RPM no mercado, não é justo que um dos componentes não queira continuar e ainda impeça os outros de o fazer", argumentou Fernando Deluqui, ex-guitarrista da banda, em entrevista à Folha de São Paulo.
Durante o processo iniciado no ano passado, a juíza Elaine Faria Evaristo decidiu em favor dos outros membros da banda. Entretanto, a decisão foi suspensa em março deste ano pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Segundo a assessoria de Paulo Ricardo, o músico disse ter a marca da banda em seu nome desde 2003. O cantor ainda afirmou à Justiça que o grupo foi criação dele e que os outros membros eram "meramente músicos acompanhantes".
A defesa ainda alegou que "80% da obra musical do grupo são fruto da criação intelectual do compositor Paulo Ricardo".
SEPARAÇÃO A RPM foi a banda de rock de maior sucesso no Brasil nos anos 1980. Porém, o grupo se separou oficialmente em 1989 e de lá para cá vive uma sucessão de idas e vindas.
A maior briga judicial ainda gira em torno da coautoria entre Paulo Ricardo e o tecladista Luiz Schiavon, já que este último diz ter papel fundamental na criação das melodias dos hits de RPM.