A excelência do Rock in Rio sempre foi uma questão a ser estudada pelo Lollapalooza, festival que chegou à sua sétima edição neste fim de semana. No Rio, os ingressos se esgotam antes mesmo do anúncio de todas as atrações de cada um dos sete dias. O Lolla, com apenas um fim de semana, suava para esgotar suas entradas. A partir de 2017, quando passou a incluir atrações "nível Rock in Rio", quando o assunto era massividade, tal qual o Metallica, o festival paulistano encontrou seu caminho. E ele, repetido em 2018, com êxito, se deve aos nomões que encabeçam essa edição do festival, realizado novamente no desconfortável Autódromo de Interlagos.
E, enquanto os mais ligados nas novas tendências da música reclamavam, o Lollapalooza Brasil entregou o que a grande maioria queria. De quebra, incluiu-se mais uma data, algo feito somente em uma das outras sete edições. Na época, o resultado foi bem abaixo do esperado. Desta vez, o Lolla seguiu o seguro.
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As atrações do domingo comprovam a teoria. Desde a primeira atração, às 11h45, com a banda brasileira Francisco, El Hombre, o número de público era maior e mais volumoso do que nos dias anteriores. Talvez fosse o impacto da banda, que tem uma música na novela das nove da TV Globo, O outro lado do paraíso, mas o que importa é que, mesmo diante de um horário ruim, debaixo do sol escaldante e com um termômetro marcando acima dos 30ºC, o grupo conseguiu fazer sua euforia repleta de consciência para dar início ao dia de domingo.
Artistas brasileiros, como Braza, Mahmundi e Tiê, todos têm um pé no pop, donos de canções que poderiam tocar nas rádios - e, em muitos casos, como de Tiê e Mahmundi, já estão. A escalação dos artistas internacionais, a função é essa: colocar os ingressos para vender.
O Lollapalooza deixa claro a opção pela inovação na sua escalação e na opção por colocar os artistas mais vanguardistas em um horário mais cedo, quando o gramado ainda não está tomado, mesmo que os nomes estejam surfando a onda do sucesso, como The Neighbourhood, atração do palco principal, e Khalid, que trouxe se soul e R&B para o palco Onix, ambos os shows ainda no meio da tarde. Inovação até existe, mas ela fica para segundo plano. É preciso garantir a lotação máxima. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..