São 25 anos de estrada, mais de 3 milhões de discos vendidos, 10 álbuns e vários sucessos, O Rappa decidiu dar uma pausa na carreira. Marcelo Falcão (vocal e violão), Lauro Farias (baixo), Marcelo Lobato (teclados) e Xandão (guitarra) sobem ao palco pela última vez em Belo Horizonte neste sábado, (27/1). A banda é uma das atrações da 7ª edição do Festival Planeta Brasil, na Esplanada do Mineirão, na Pampulha, que também tem no line-up Phoenix, Soja, Vintage Culture, Anavitória, Gabriel, o Pensador, além de encontros inéditos entre Criolo e Mano Brown, Gabriel Elias e Mariana Nolasco, Oriente e Iza, Maneva e Tati Portella, entre outros.
Em entrevista ao Estado de Minas, o guitarrista Xandão afirma que a decisão sobre a interrupção na carreira da banda já estava combinada e se deu em comum acordo. “O que cada um vai fazer agora não cabe ao grupo decidir. O Rappa terminou e, com a formação atual, não tem a menor possibilidade de voltar, muito menos com uma nova formação. O Rappa somos nós quatro e não voltará mais. Existem diferenças que tornam as coisas difíceis para conviver, mas eu, o Lauro e o Marcelo temos uma afinidade muito grande e, em breve, as pessoas vão ter a oportunidade de ver a gente juntos, mas de forma diferente, do jeito que nunca viram”, revela. Em dezembro, o vocalista Falcão declarou, em entrevista, que pretende seguir carreira solo.
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LEGADO Xandão agradece o carinho do público e diz que está feliz por deixar um legado musical para o país.
Fazendo uma retrospectiva, Xandão conta que o álbum que mais marcou sua carreira no grupo foi O silêncio q precede o esporro. Gravado ao vivo no Rio de Janeiro e lançado em 2003, foi o quinto álbum da banda e uma das últimas produções de Tom Capone, que morreu no ano seguinte, em acidente de moto, em Los Angeles.
Como músico, Xandão afirma que não pode almejar nada maior do que o que conquistou, mas diz que gostaria de ver um mercado brasileiro mais receptivo a novos artistas. Segundo ele, hoje existe uma grande dificuldade para que novas bandas sejam valorizadas. Entre os novos nomes, ele destaca a banda de rock curitibana Monreal e o cantor recifense Barro. “No ano passado, fiz um levantamento sobre o que tinha de novo no mercado e consegui criar um set list de mais de 300 músicas de bandas que ninguém conhece, que estão em segundo plano. Isso é uma pena, porque as pessoas se cansam de ficar em segundo plano e acabam desistindo”, completa.
Xandão comenta que muita gente que não está no mercado pensa que o Brasil não tem música boa, mas afirma que o país é um dos maiores produtores musicais do mundo. “Temos muita banda nova que merecia oportunidades melhores, mas, infelizmente, falta diversidade nas rádios e TVs brasileiras”, critica. Para ele, a falta de pluralidade fez com que o rock vivesse um momento difícil nos últimos anos.
7ª EDIÇÃO FESTIVAL PLANETA BRASIL
Shows de O Rappa, Phoenix, Soja, Vintage Culture, Criolo e Mano Brown, Anavitoria, Gabriel, o Pensador, Cat Dealers, Oriente e Iza, The Beautiful Girls, Mayer Hawthorne, Chapeleiro, Maneva e Tati Portella, 1kilo, Ftampa, Graveola e O Lixo Polifônico e outros. Neste sábado (27), a partir das 12h, Esplanada do Mineirão (Portão Sul). Camarote land spirit: R$ 350; pista premium open bar: R$ 260; pista (2º lote): R$ 260 (inteira) e R$ 130 (meia) no site www.sympla.com/planetabrasil. Informações: www.instagram.com/festivalplanetabrasil..