Depois de meses de negociação, o YouTube fechou acordo com o Universal Music Group, maior selo musical do mundo, e com a Sony, outra gigante do ramo, o que vai possibilitar o lançamento de uma nova plataforma de serviço de música on-line por assinatura, nos moldes do Spotify e da Apple. O YouTube, marca da gigante da internet Google, demorou para buscar concorrer com os dois serviços que são responsáveis por um mercado que movimenta milhões por ano. O mercado de streaming é muito concorrido e dominado pelo Spotify, que tem 60 milhões de assinantes, à frente da Apple Music, que diz ter 27 milhões.
Em maio, o YouTube se associou à terceira maior gravadora e distribuidora do mundo da música, o Warner Music Group. Mas as negociações com a Universal e a Sony estavam emperradas, o que poderia adiar o lançamento do serviço, previsto para março de 2018. Os três acordos ocorrem após anos de protestos da indústria da música contra o YouTube por não pagar às fonográficas e aos artistas uma pequena parcela da receita dos vídeos musicais publicados em sua plataforma.
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A plataforma já oferece os serviços YouTube Music e YouTube Red, o último por assinatura, mas teria planos de adicionar, de acordo com a imprensa, uma oferta avançada, que seria mais próxima das principais plataformas de transmissão, com preço melhor. De acordo com fontes internas do YouTube, o serviço deverá se chamar Remix.
MERCADO O CEO da Universal, Lucian Grainge, em comunicado, qualificou o acordo como “um importante passo à frente”, que prevê “uma maior compensação financeira por parte dos serviços de assinatura gratuitos com publicidade”. O contrato “reforça o compromisso do Youtube de respeitar os direitos da música em sua plataforma”, acrescentou.
Os contratos da Sony e da Universal com o YouTube definem taxas de direitos autorais para videoclipes e, mais importante, estabelece o compromisso da plataforma do Google de criar uma política mais agressiva contra download de músicas por meio de seu canal. No acordo com a Warner, segundo a agência Bloomberg, a gravadora esperava maior comprometimento do YouTube em sua política de combate à pirataria. Os contratos com a Universal e a Sony, no entanto, não foram detalhados pelas empresas.
As duas tentativas da Alphabet – a megacorporação que inclui o Google e o YouTube – de criar um serviço de streaming para música não foram bem-sucedidas e não conseguiram fazer concorrência com o Spotify e a Apple. O primeiro deles foi o Google Play Music, em 2011, e o segundio o YouTube Music Key, em 2014.