saiba mais
Chico Buarque ganha colcha de bordadeiras e relembra a luta da estilista mineira Zuzu Angel
Morre músico mineiro que fazia parte da banda de Beto Guedes
'Quero continuar a viver no Brasil', diz Chico Buarque a jornal francês
Jornalista que ofendeu Chico Buarque no Instagram terá que pagar indenização de R$100 mil
Minissérie Grande sertão: veredas será reexibida pelo canal Viva
Ele parecia à vontade no palco na última e quinta-noite da semana de estreia, embora tenha se desconcentrado antes de iniciar 'Jogo de bola'. Porém, como diz a letra, 'há que puxar um samba/ Sacar o samba lá do labirinto da tua cachola'.
E haja samba nessa caravana. O público acompanhou o cantor em 'Homenagem ao malandro', aplaudiu a valer Wilson das Neves, que morreu em agosto, baterista da banda e parceiro do 'chefia' na linda 'Grande Hotel'. De chapéu panamá, samba no pé e ginga de malandro, Chico dedicou o show a ele. E saudou: 'Saravá, Wilson das Neves'.
O repertório contou com vários clássicos – entre eles, 'Todo sentimento', 'Retrato em branco e preto', 'A moça do sonho' – e homenagens aos parceiros Cristóvão Bastos, Tom Jobim e Edu Lobo. A sessão 'evoé jovens artistas' coube a Chico Brown, neto de Chico. Os dois compuseram a bela valsa 'Massarandupió'.
A plateia vibrou, moças gritaram 'eu te amo', mas sem atrapalhar. Uma conseguiu subir ao palco e, no maior respeito, lascou um beijo no ídolo. Gritos – moderados – de 'Fora, Temer!' até se encaixaram no roteiro. Pois não é que vieram mais fortes antes de começarem os primeiros acordes de 'Gota d'água', aquela do pote até aqui de mágoa, sucedida pela vigorosa 'As caravanas', que fecha o novo álbum e fala da gente virtuosa que apela pra polícia despachar o populacho pra favela.
Depois da estreia na terra do bisavô mineiro, a caravana buarqueana segue para a temporada carioca, em janeiro e fevereiro, e para São Paulo, em março e abril.