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"Compositor de enorme talento, também é um homem que sempre defendeu a democracia e ideias progressistas", publicou o coletivo Linhas do Horizonte em sua página no Facebook, ressaltando o posicionamento político de Chico e "sua veemente oposição ao golpe que assola o país". Elas também exibiram o vídeo do encontro com o artista.

No vídeo postado no Facebook das bordadeiras, Chico Buarque afirmou às integrantes do Linhas do Horizonte que Zuzu "não deixava de ser uma bordadeira" como elas, pois suas roupas traziam figuras de anjos alusivas ao assassinato de Stuart. Contou que a estilista ia a sua casa, no Rio de Janeiro, presentear as filhas pequenas dele e de Marieta Severo com camisetinhas bordadas.
Para o compositor, a homenagem das fãs remete à batalha de Zuzu, "mulher guerreira". Zuzu morreu em um acidente de carro, no Rio de Janeiro, em 14 de abril de 1976. Antes, deixara cartas com amigos (entre eles Chico Buarque), revelando sua preocupação em sofrer um atentado.
Estilista de renome internacional, Zuzu, mineira de Curvelo, irritara o governo militar ao denunciar as torturas praticadas no país a autoridades estrangeiras, entre elas Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA. Em 1998, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos reconheceu a responsabilidade do Estado brasileiro na morte da estilista.

O grupo Linhas do Horizonte usa bordados para se manifestar politicamente. Entregou colchas à ex-presidente Dilma Rousseff e ao ex-ministro José Dirceu. Levou faixas bordadas a passeatas em favor do aborto, em Belo Horizonte, e ao lançamento do relatório da Comissão da Verdade em Minas Gerais, na Assembléia Legislativa.