A história da banda mineira Young Lights não é exceção na cena de BH. O grupo de indie rock reúne jovens apaixonados por música que criam canções autorais e honestas. Essas qualidades estão presentes no disco Young Lights, lançado nas plataformas digitais em 30 de novembro. Nesta sexta-feira (15), o quarteto faz o show de estreia do trabalho, no Galpão Cine Horto, ao lado do grupo carioca Baleia.
Formada em 2010, a Young Lights nasceu como projeto de Jay Horsth. Sozinho, ele lançou o EP An early winter (2013) e o disco Cities (2014). Embora sempre tenha contado com músicos de apoio, apenas em 2015 a banda passou a ter integrantes definitivos: Vitor Ávila (guitarra), João Paulo Pesce (baixo) e Gentil Nascimento (bateria). Desse encontro nasceu o autointitulado segundo disco.
“No início de 2016, começamos as pré-produções”, conta o vocalista Jay. “Eu e João fomos morar juntos, fizemos um estúdio na sala da casa e começamos a passar os fins de semana lá, gravando as bases e escolhendo as músicas que entrariam no álbum”, detalha.
Apresentado sábado passado (8), na capital paulista, durante a noite mineira da Semana Internacional da Música de São Paulo (SIM), o “grande lançamento” está reservado para BH. “Sem dúvida, será o melhor show da minha vida, é algo bem simbólico pra mim e para o resto da banda. Vamos, finalmente, mostrar novos show, estética, comportamento e, principalmente, músicas que nunca tocamos ao vivo”, adianta Jay.
Entre as faixas do disco – todas cantadas em inglês – está o segundo single, Old and gray, bem como Fast heart, com a participação do brasiliense Gustavo Bertoni, da banda Scalene. As músicas de Young Lights seguem a regra básica do folk norte-americano, unindo letras sobre o cotidiano a sons orgânicos, que, por vezes, tornam-se grandiosos.
Diferentemente do EP e do primeiro disco, o novo trabalho traz sonoridade mais cheia e convidativa – menos fria, mas, ainda assim, densa. Destaque para as guitarras das faixas Chasing ghosts e Strangely intimate. Eyes closed dá o tom melancólico, enquanto a música seguinte, Love, you let go, ganha sucessivas camadas sonoras e termina num silêncio abrupto. Singing bird (In a cage), que fecha o álbum, é orgânica e traz um tom esperançoso.
Além de ter sido disponibilizado nas plataformas digitais, Young Lights foi lançado em formato “álbum visual”, no YouTube. No vídeo, a banda associa as músicas a imagens analógicas antigas recebidas de amigos e fãs. “Queria fazer algo simples que desse expressividade maior ao disco. As pessoas têm a oportunidade não só de ouvi-lo, como também de vê-lo”, argumenta Jay.
LIVRO A mesma lógica está por trás do disco Atlas (2016), do Baleia. O grupo transformou o trabalho em uma espécie de “álbum livro”, cujas canções foram traduzidas em ilustrações e histórias desenvolvidas em parceria com a ilustradora Luisa Akerman.
“Atualmente, o CD se tornou muito mais um objeto em si do que o suporte a partir do qual as pessoas escutam música”, afirma a vocalista Sofia Vaz. “Nossa ideia foi pensar esse trabalho como um objeto de arte visual”, diz.
O grupo é formado por Sofia, Cairê Rego, David Rosenblit, Felipe Ventura, Gabriel Vaz e João Pessanha. No show desta sexta, Baleia apresentará canções de Atlas e de seu disco de estreia, Quebra azul (2013).
Abaixo, confira o 'álbum visual' Young Lights:
YOUNG LIGHTS E BALEIA
Sexta-feira (15), às 20h.
Informações: (31) 3481-5580.
* Estagiário sob supervisão da editora assistente Ângela Faria
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