Belo Horizonte ou Liverpool? A partir desta quarta-feira (06) até domingo (10), a 6ª BH Beatle Week vai reunir 24 atrações, todas influenciadas pelo grupo britânico que se tornou ícone da cultura pop.
A artistas mineiros e brasileiros se juntarão bandas do Reino Unido, Estados Unidos, Itália, Chile e Argentina. O músico Aggeu Marques, organizador da BH Beatle Week, diz que o evento é uma oportunidade de difundir a música de Paul McCartney, John Lennon, Ringo Star e George Harrison. “O grande barato é o engajamento de grandes nomes da cena independente. Nosso intuito não é concorrer com as apresentações realizadas em Liverpool, mas criar um link. Quem sabe aqui se desperte nas pessoas o desejo de conhecer mais sobre o grupo?”, comenta.
Os palcos da BH Beatle Week serão o teatro e a praça de alimentação do Hotel Ouro Minas, com a cobrança de ingressos, e o câmpus Estoril do UniBH, no domingo, com entrada franca.
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Nesta quarta-feira (6), às 21h, haverá o pré-lançamento de Certas coisas, álbum de Aggeu Marques em parceria com Flávio Venturini, Maurício Gasperini, Cláudio Venturini, Paulinho Pedra Azul e Daniel Dafré. Todos subirão ao palco do Ourominas. No sábado, os shows se iniciarão às 23h e vão virar a madrugada.
PAUL Nome de ponta do rock mineiro, Flávio Venturini é fã dos Beatles desde garoto. “A primeira vez que cantei uma música e vi o meu potencial foi com In my life. Gosto de todos eles, mas o Paul McCartney é o meu modelo”, diz.
Os Fab Four são atemporais, acredita. “Hoje, o mundo é outro, mas eles estão mais vivos do que nunca. O som dos Beatles arrasta multidões. O Paul, por exemplo, já não precisa fazer shows, mas a gente vê que (ali) é amor, feito com vontade... Os Beatles foram muito importantes para o cenário da música, quebraram padrões com seus aparatos tecnológicos, mudaram a concepção da forma de tocar baixo”, observa.
Venturini elogia bandas contemporâneas que se dedicam à obra dos Beatles. “Quem não curtiu o grupo na época de sua formação não tem noção do que eles representaram para a geração musical dos anos 1970 e 1980. Mesmo assim, hoje há releituras espetaculares”, destaca. “Na minha infância, a espera era longa para ouvir as canções que os Beatles lançavam. Demorava! Assim como hoje, a cidade recebia de braços abertos aquela música, que remetia a um clima mais interiorano”, comenta.
Aggeu Marques diz que, a cada ano, aumenta a presença de crianças no festival. No encerramento da festa, marcado para domingo (10), a partir das 12h, no Estoril, a programação será voltada para elas. Quatro bandas são formadas por adolescentes.
“Muitas vezes, o gosto musical passa dos pais para os filhos. Eles serão a geração que dará continuidade ao nosso festival, reforçando a cultura beatlemaníaca de BH”, garante Aggeo.