Há pouco mais de dois anos, em novembro de 2015, a cantora e compositora islandesa Björk lançou o nono álbum de sua carreira, Vulnicura. O disco - que traz no título um jogo de palavras que significa ''cura para feridas'' - trazia uma série de músicas que falavam sobre o final de um relacionamento. Nesta sexta-feira, 24, a artista lança o disco Utopia e prova que completou seu processo de cura.
Assim que anunciou o álbum, no início de agosto, a cantora adiantou que ele falaria sobre o amor, mas ''de uma forma transcendental''. The gate, primeiro single divulgado, já trazia abordagem mais otimista em relação à vida amorosa. ''A ferida curada no meu peito/ Transformou-se num portal/ Por onde recebo amor'', canta ela nos versos iniciais.
''Vulnicura falava sobre uma perda pessoal, e eu acho que este novo disco é sobre um amor que é ainda maior. É sobre redescobrir o amor - mas de uma forma espiritual'', revelou à revista Dazed.
O trabalho conta com 14 músicas inéditas e inclui o single promocional Blissing me, cujo vídeo (divulgado na última semana) foge da estética normalmente associada aos trabalhos da cantora e dispensa efeitos especiais. Nele, Björk aparece em um cenário simples no qual realiza uma coreografia sozinha.
Utopia, inclusive, possui um 'pé' na América do Sul. O venezuelano Alejandro Ghersi assina a produção de 12 músicas. Conhecido por seu nome artístico Arca, ele se aproximou da cantora em Vulnicura e, agora, a parceria se firma neste trabalho.
Quanto ao amor, a cantora está disposta a seguir em frente e amar a si mesma. Em uma das entrevistas que concedeu para divulgar o disco, ela comparou o trabalho ao Tinder, aplicativo de paquera. ''Ele é a busca pelo amor e por estar apaixonado. Se nós vamos sobreviver à situação em que o mundo está hoje, temos que criar um novo plano. Especialmente agora'', explicou.
Abaixo, ouça o disco Utopia: