Às 21h de 13 de dezembro, Chico Buarque subirá ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes para a estreia da turnê nacional do álbum Caravanas, lançado em agosto. Com os ingressos de sua temporada esgotada, Chico abriu nesta semana a venda para uma sessão extra, no domingo (17/12). Enquanto espera pelo ícone da MPB, o público belo-horizontino poderá se encontrar com sua obra nesta sexta-feira (24), no show António Zambujo canta Chico Buarque, que o cantor português traz a BH e no qual interpreta exclusivamente composições do carioca.
A devoção de Zambujo por Chico é tamanha que gerou um disco inteiro – o oitavo de sua carreira – lançado em 2016. Até pensei que fosse minha foi gravado no Brasil e em Portugal, com a participação de músicos dos dois países. Roberta Sá e Marcello Gonçalves estão entre os integrantes do time verde e amarelo, além do próprio Chico Buarque, que faz dueto com Zambujo em Joana francesa. O álbum tem 16 faixas e inclui Geni e o zepelim, Cálice, Valsinha, João e Maria, O meu amor, Nina, Folhetim, Fantasia, Futuros amantes, Injuriado, Cecília, Até pensei, Januária, Morena dos olhos d’água e Tanto mar, além da já citada Joana francesa.
“O trabalho é uma homenagem, fruto de uma admiração que tenho por ele, que é o ícone maior da música em língua portuguesa de todos os tempos”, diz Zambujo, de 42 anos. A recepção do disco, que teve uma indicação ao Grammy Latino deste ano na categoria Melhor Álbum de MPB (vencido por Dos navegantes, de Edu Lobo, Romero Lubambo e Mauro Senise), é motivo de satisfação para o músico.
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PRÊMIOS “Em Portugal, o disco já atingiu a marca de platina e tem tido muito sucesso. Venceu uma série de prêmios, e a turnê está bastante bem aqui pelo Brasil, isso me deixa muito feliz”, afirma Zambujo, que já apresentou o show em Florianópolis, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Santos nos últimos dias, depois de um giro por cidades europeias.
Apesar de terem a língua em comum, Brasil e Portugal mantêm seu intercâmbio na esfera da música como um movimento “de nichos”, na opinião de Zambujo. “Acho que a música brasileira lá é como a portuguesa aqui – tem os conceituados, como Chico (Buarque), Ney (Matogrosso), Caetano, Bethânia, Gal, que tocam em salas lotadas sempre que vão lá. Já a nova música brasileira tem chegado para um nicho, um número reduzido de pessoas, apesar de haver muita coisa interessante. Da mesma forma, a música portuguesa por aqui é pouco conhecida e divulgada, com raras exceções. Faz 10 anos que venho ao Brasil e tenho sempre um bom público, mas dentro de um nicho, que espero que continue a existir”, diz.
Assim como nos outros lugares por onde passou, o set-list do show em BH terá a íntegra de Até pensei que fosse minha, além de outras releituras de Zambujo que não entraram no álbum. “O show serve, sobretudo, para homenagear Chico com uma visão muito suave da obra dele. É isso que vamos apresentar”, afirma.
Abaixo, confira João e Maria:
António Zambujo canta Chico Buarque
Nesta sexta (24), às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro). Ingressos: Setor 1: R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia); Setor 2: R$ 180 (inteira) e R$ 90 (meia); Balcão: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia). Pacotes promocionais com ingressos a R$ 110 (Setor 1), R$ 100 (Setor 2) e R$ 70 (Balcão) na compra de dois, três ou quatro bilhetes. Mais informações: (31) 3236-7400