Um dos destaques do álbum é também, para a artista, um dos mais emocionantes: o encontro com sua madrinha de batismo, Gal Costa, na bela faixa Vá se benzer. "É um encontro muito especial, porque ela é minha maior referência como cantora. Ela me batizou, me viu dar os primeiros passos, foi a pessoa que me pegou no colo. E eu esperei 15 anos para convidá-la porque eu nunca tinha me sentido à vontade para isso. Mas, quando eu ouvi esta música, eu imaginei muito ela cantando. E tinha também a necessidade de, nesse momento em que estou debutando na música, ter uma mãe do meu lado para me dizer 'Eu sou assim, me diga quem é você'", conta, emocionada sobre a participação de Gal no que chama de "rebatismo".
Na última quinta-feira, a cantora lançou o videoclipe da faixa. Em menos de 24 horas, o vídeo foi retirado do ar pelo YouTube. No Facebook, o deputado federal Jean Wyllys denunciou o ocorrido, alegando que o conteúdo teria sido alvo de "denúncias de perfis falsos e verdadeiros que vêm atacando conteúdos relacionados à defesa da diversidade e das liberdades individuais pela internet". Preta acrescentou: "Hoje a gente vive em um mundo no qual as pessoas julgam, apontam, criticam. E a essência da gente é a perfeição, é ser quem a gente é. Apesar de eu ter lutado todos esses anos por tantas coisas, vivemos agora um momento de retrocesso, de contramão. É preciso se reafirmar, dizer quem você é".
A cantora, que desde o início da carreira protagonizou importantes discussões contra a LGBTTfobia, gordofobia e racismo, comentou sobre a importância de se abordar estas temáticas. "Me senti muito só, foram 15 anos de de muito sofrimento.
Todas as cores, de Preta Gil
10 faixas
Sony Music
Disponível nas plataformas digitais .