Fim dos anos 1970, a juventude pós-movimento hippie não tinha mais tanta esperança e precisava de um novo jeito de se expressar. O rock complexo, cheio de sofisticações (de bandas como Pink Floyd) não bastava para aquele momento, era preciso ser mais radical. Letras revoltadas, acordes simples e rápidos foram o começo de um movimento: o punk.
Em Nova York, bandas já experimentavam sons sujos e distorcidos. O New York Dolls, travestidos de mulheres, já ostentavam o tom provocativo e debochado do estilo. Os Ramones, vestidos com casacos de couro e roupas rasgadas, já davam o visual de jovens revoltados, acentuado pelas letras e guitarras raivosas. O produtor Malcom Mclaren visitou Nova York e percebeu a potência daquele movimento que surgia. E o levou para o outro lado do Atlântico, contratando jovens músicos para formar o Sex Pistols.
Por mais que não tenha sido o primeiro grupo a fazer música assim, é inegável que, sem Sex Pistols, o punk não seria o mesmo. A força do grupo britânico alcançou o mundo todo e influenciou culturalmente toda uma geração e muito do que veio depois.
O grupo lançou apenas um disco de estúdio, que se tornou um clássico. Never mind the bollocks. Here’s the Sex Pistols chegou ao público em outubro de 1997, 40 anos atrás, mas continua mexendo ainda com a cabeça de muita gente e fazendo sentido nos dias de hoje.
O álbum trazia a faixa God save the queen. Lançada antes, a música abalou a cultura britânica com os versos niilistas e críticos. O protesto contra a monarquia presente na canção fez com que a música fosse uma das mais censuradas no país e também iniciasse um movimento de protesto. “God save the queen/ Her fascist regime/ It made you a moron (Deus salve a rainha/ Seu regime fascista/ Fez de você um boçal)”, começava a letra. Para depois, ir mais longe nas críticas à rainha: “God save the queen/ She ain’t no human being/ There is no future/ In England’s dreaming (Deus salve a rainha/ Ela não é um ser humano/ Não há futuro/Nos sonhos da Inglaterra)”.
A música já havia estourado quando Never mind the bollocks chegou ao mercado e foi uma das razões para o estrondo instantâneo provocado pelo disco. Apesar de não inventar o punk, em Never mind, os Sex Pistols davam sinais de como o estilo seria definido depois.
Pelo conteúdo violento e crítico, Never mind não foi muito bem recebido pelo mercado. Diversas lojas se recusaram a vender o disco, por medo de se associar às ideias radicais da banda.
O fato de a banda nunca mais ter feito um registro de estúdio tornou o disco ainda mais venerado pelos fãs. Originalmente, o grupo durou apenas dois anos e meio e gravou, além de Never mind the bollocks, quatro singles. Anos depois, o grupo se reuniu para lembrar as antigas canções.
RELANÇAMENTOS Os fãs da banda podem se preparar porque, para comemorar a data, Never mind the bollocks será relançado, no fim do mês, em um box especial. A caixa terá três CD: o álbum original com canções “lado b”, um disco com faixas extras e um registro ao vivo também de 1977.
Além dos CDs, a caixa terá também um DVD com momentos da banda registrados ao vivo e um livro. Com capa dura, a obra escrita pelo jornalista Pat Gilbert disseca o disco e traz fotos raras dos integrantes da banda.
Em Nova York, bandas já experimentavam sons sujos e distorcidos. O New York Dolls, travestidos de mulheres, já ostentavam o tom provocativo e debochado do estilo. Os Ramones, vestidos com casacos de couro e roupas rasgadas, já davam o visual de jovens revoltados, acentuado pelas letras e guitarras raivosas. O produtor Malcom Mclaren visitou Nova York e percebeu a potência daquele movimento que surgia. E o levou para o outro lado do Atlântico, contratando jovens músicos para formar o Sex Pistols.
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O grupo lançou apenas um disco de estúdio, que se tornou um clássico. Never mind the bollocks. Here’s the Sex Pistols chegou ao público em outubro de 1997, 40 anos atrás, mas continua mexendo ainda com a cabeça de muita gente e fazendo sentido nos dias de hoje.
O álbum trazia a faixa God save the queen. Lançada antes, a música abalou a cultura britânica com os versos niilistas e críticos. O protesto contra a monarquia presente na canção fez com que a música fosse uma das mais censuradas no país e também iniciasse um movimento de protesto. “God save the queen/ Her fascist regime/ It made you a moron (Deus salve a rainha/ Seu regime fascista/ Fez de você um boçal)”, começava a letra. Para depois, ir mais longe nas críticas à rainha: “God save the queen/ She ain’t no human being/ There is no future/ In England’s dreaming (Deus salve a rainha/ Ela não é um ser humano/ Não há futuro/Nos sonhos da Inglaterra)”.
A música já havia estourado quando Never mind the bollocks chegou ao mercado e foi uma das razões para o estrondo instantâneo provocado pelo disco. Apesar de não inventar o punk, em Never mind, os Sex Pistols davam sinais de como o estilo seria definido depois.
Pelo conteúdo violento e crítico, Never mind não foi muito bem recebido pelo mercado. Diversas lojas se recusaram a vender o disco, por medo de se associar às ideias radicais da banda.
O fato de a banda nunca mais ter feito um registro de estúdio tornou o disco ainda mais venerado pelos fãs. Originalmente, o grupo durou apenas dois anos e meio e gravou, além de Never mind the bollocks, quatro singles. Anos depois, o grupo se reuniu para lembrar as antigas canções.
RELANÇAMENTOS Os fãs da banda podem se preparar porque, para comemorar a data, Never mind the bollocks será relançado, no fim do mês, em um box especial. A caixa terá três CD: o álbum original com canções “lado b”, um disco com faixas extras e um registro ao vivo também de 1977.
Além dos CDs, a caixa terá também um DVD com momentos da banda registrados ao vivo e um livro. Com capa dura, a obra escrita pelo jornalista Pat Gilbert disseca o disco e traz fotos raras dos integrantes da banda.