Cerca de 30 ambulantes que tiveram mercadorias apreendidas, na noite desta terça-feira, fecham a Avenida Antonio Abrahão Caram, na altura do Estádio do Mineirão, na Pampulha, em Belo Horizonte. Os vendedores comercializavam produtos como cerveja, refrigerante, balas e camisas no entorno do estádio que recebe hoje o show do cantor Paul McCartney. A apresentação do ex-Beatle começou às 21h41 e faz parte da turnê One on one, que começou na sexta-feira (13/10) em Porto Alegre e teve sua segunda apresentação no domingo (15/10) em São Paulo.
A interdição da avenida ocorreu no sentido da Avenida Antônio Carlos/Lagoa da Pampulha e começou praticamente no mesmo horário em que o artista subiu ao palco. Pouco antes das 22h, fiscais e guardas municipais abordaram o grupo de vendedores e recolheram as mercadorias que foram levadas em caminhões e caminhonetes.
A venda de produtos em via pública é proibida em Belo Horizonte, conforme prevê o Código de Posturas da capital. A lei determina liberação para alguns tipos de atividades, mas a praticada pelos ambulantes é vetada. Desde o início do ano, a Prefeitura fechou o cerco aos camelôs, que puderam ocupar vagas em shoppings populares. A proposta, no entanto, ainda encontra resistência entre o grupo.
Um dos vendedores que tiveram mercadoria apreendida reclama da ação dos fiscais e da guarda. Ernani Francisco Pereira, que é membro da União Nacional dos Ambulantes, diz que a política de retirada dos camelôs do Centro com criação de vagas em shoppings populares não os atende. “A prefeitura não está olhando o lado das pessoas que precisam da atividade para manter seu sustento e de suas famílias. Pedimos tolerância da administração municipal até que o Código de Posturas fosse alterado, pelo menos para que trabalhássemos nas imediações de estádios e de shows. Nem nisso fomos atendidos”, reclama.
Outra queixa dele inclui as pessoas que foram às imediações do Mineirão apenas para curtir a movimentação do lado de fora. “Tem gente que não pode pagar pelo ingresso e também quer se divertir. Estávamos atendendo essas pessoas com mercadorias compradas com nota fiscal e tudo foi levado”, disse. Segundo Ernani, o grupo pretende manter a avenida fechada até o fim do show, previsto para terminar por volta de meia noite.
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A venda de produtos em via pública é proibida em Belo Horizonte, conforme prevê o Código de Posturas da capital. A lei determina liberação para alguns tipos de atividades, mas a praticada pelos ambulantes é vetada. Desde o início do ano, a Prefeitura fechou o cerco aos camelôs, que puderam ocupar vagas em shoppings populares. A proposta, no entanto, ainda encontra resistência entre o grupo.
Um dos vendedores que tiveram mercadoria apreendida reclama da ação dos fiscais e da guarda. Ernani Francisco Pereira, que é membro da União Nacional dos Ambulantes, diz que a política de retirada dos camelôs do Centro com criação de vagas em shoppings populares não os atende. “A prefeitura não está olhando o lado das pessoas que precisam da atividade para manter seu sustento e de suas famílias. Pedimos tolerância da administração municipal até que o Código de Posturas fosse alterado, pelo menos para que trabalhássemos nas imediações de estádios e de shows. Nem nisso fomos atendidos”, reclama.
Outra queixa dele inclui as pessoas que foram às imediações do Mineirão apenas para curtir a movimentação do lado de fora. “Tem gente que não pode pagar pelo ingresso e também quer se divertir. Estávamos atendendo essas pessoas com mercadorias compradas com nota fiscal e tudo foi levado”, disse. Segundo Ernani, o grupo pretende manter a avenida fechada até o fim do show, previsto para terminar por volta de meia noite.