A interdição da avenida ocorreu no sentido da Avenida Antônio Carlos/Lagoa da Pampulha e começou praticamente no mesmo horário em que o artista subiu ao palco. Pouco antes das 22h, fiscais e guardas municipais abordaram o grupo de vendedores e recolheram as mercadorias que foram levadas em caminhões e caminhonetes.
A venda de produtos em via pública é proibida em Belo Horizonte, conforme prevê o Código de Posturas da capital. A lei determina liberação para alguns tipos de atividades, mas a praticada pelos ambulantes é vetada. Desde o início do ano, a Prefeitura fechou o cerco aos camelôs, que puderam ocupar vagas em shoppings populares.
Um dos vendedores que tiveram mercadoria apreendida reclama da ação dos fiscais e da guarda. Ernani Francisco Pereira, que é membro da União Nacional dos Ambulantes, diz que a política de retirada dos camelôs do Centro com criação de vagas em shoppings populares não os atende. “A prefeitura não está olhando o lado das pessoas que precisam da atividade para manter seu sustento e de suas famílias. Pedimos tolerância da administração municipal até que o Código de Posturas fosse alterado, pelo menos para que trabalhássemos nas imediações de estádios e de shows. Nem nisso fomos atendidos”, reclama.
Outra queixa dele inclui as pessoas que foram às imediações do Mineirão apenas para curtir a movimentação do lado de fora. “Tem gente que não pode pagar pelo ingresso e também quer se divertir. Estávamos atendendo essas pessoas com mercadorias compradas com nota fiscal e tudo foi levado”, disse. Segundo Ernani, o grupo pretende manter a avenida fechada até o fim do show, previsto para terminar por volta de meia noite. .