“A diferença entre o sertanejo de raiz e o sertanejo universitário é grande. O de raiz é música caipira e tem todo o visual e textura caipira incorporado nele. A música que conhecemos como sertanejo universitário é bem mais pop e tem aspectos visual e temático muito mais urbanos, diferente do que eu e meus colegas de geração fizemos e continuamos fazendo.” A explicação é de Renato Teixeira, cantor, compositor e violonista, que volta a Belo Horizonte para show na noite desta quinta-feira (28), no Palácio das Artes.

Na apresentação com banda, que inclui o filho Chico Teixeira, o veterano vai tocar alguns clássicos do gênero – Romaria, Frete, Tocando em frente e Amanheceu –, mas promete evidenciar diferentes fases dos seus mais de 50 anos de carreira. “Meu show traz composições marcantes, com alguns clássicos da música caipira que marcaram e continuam marcando o meu coração e o coração do público. É um repertório montado com bastante carinho”, afirma Renato, que teve toda a sua obra remasterizada em 2015 e lançada em um box com cinco CDs.

Em tempos de redes sociais e serviço de música streaming, o artista se mantém ativo nos diferentes meios, sejam eles físicos ou digitais. “Cada plataforma é um nicho diferente, com seu público específico. Sempre tem novidade e música nova nas minhas redes sociais ou faixas que fiz em parceria com outros artistas”, comenta.

Para ele, as redes sociais são um dos caminhos para manter proximidade com o público, sobretudo os jovens. Para isso, além do Facebook e Instagram, o músico criou canal próprio no YouTube, onde publica vídeos de entrevistas e disponibiliza sua discografia. “É a primeira vez  que toda a minha obra está unificada em uma plataforma só. Todo mundo pode escutar”, diz Renato, revelando que, em breve, deve lançar novo disco em parceria com o amigo Almir Sater. “Já finalizamos e o lançamento está muito próximo.”

Sobre o estilo do novo sertanejo, Renato diz torcer por todos e destaca o fato de poder testemunhar mais uma vez mulheres dominando o cenário musical, como foi quando estavam no auge Inezita Barroso, Nalva Aguiar e as Irmãs Galvão. “É muito positivo elas ocuparem o espaço. O trabalho que elas fazem é reflexo da posição que a mulher vem conquistando cada vez mais na sociedade.”

Entre os nomes da nova geração, Renato Teixeira destaca a banda de folk e bluegrass Mustache & os Apaches, com quem gravou releitura da música Rio abaixo. “Eles fazem um som bastante diferenciado”, elogia. A banda é formada pelos gaúchos Pedro Pastoriz (voz, violão e banjo), Tomás Oliveira (voz e baixo), Axel Flag (voz e percussão), Jack Rubens (bandolim) e pelo mineiro Lumineiro (washboard, instrumento de percussão).

Renato Teixeira & Banda
Hoje (28/9), às 21h. Palácio das Artes. Av. Afonso Pena, 1.537, Centro, (31) 3236-7400 . Ingressos: Setores 1 e 2: R$ 130 (inteira) e R$ 65 (meia), balcão: R$ 120  (inteira) e R$ 60 (meia). À venda na bilheteria do teatro, pelo site www.ingressorapido.com.br ou televendas 4003-1212.