Quando se pensa em duplas musicais, a primeira coisa que vem à cabeça são cantores sertanejos. O universo dos duos, porém, é muito mais complexo. Na cena rock and roll, algumas bandas, como a Royal Blood (que lança o disco How did we get so dark? na sexta-feira, 16), provam que é possível fazer música pesada e muito barulho com pouca gente.
Os britânicos Ben Thatcher (bateria) e Mike Kerr (baixo e vocal) não pensavam exatamente em formar um duo quando começaram a se apresentar em bandas na faculdade. Mas a força dos dois foi canalizada para o Royal Blood. ''Nunca foi planejado'', afirmou Kerr.
O som dos rapazes ganhou o aval de medalhões do rock. Jimmy Page (Led Zeppelin), Dave Grohl (Foo Fighters) e Lars Ulrich (Metallica) elogiaram o trabalho dos dois. Singles do disco previsto para sexta já estão na internet.
Outra dupla que se destacou no mundo pop foi o White Stripes. Formada por Jack e Meg White, conquistou milhares de fãs com seu rock direto e agressivo. Os dois eram casados e o duo começou sem muita pretensão em 1997. O casamento acabou em 2000, mas a banda seguiu até 2011.
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BAGGIOS
No Brasil, os sergipanos Júlio Andrade (guitarra e voz) e Gabriel Carvalho (bateria) formaram meio por acaso o The Baggios, que já se apresentou algumas vezes em BH. ''Estávamos sem banda e com muita vontade de tocar. Como não tínhamos mais amigos interessados, fomos os dois para o estúdio improvisar e fazer releituras de grupos que costumávamos escutar na época'', relembra Júlio Andrade.
A brincadeira deu certo. Os dois lançaram quatro discos, apresentaram-se em grandes festivais como o Lollapalooza e chamaram a atenção na cena independente. Tocar em duo – em vez de banda – tem lá suas vantagens, diz o guitarrista. ''Os shows são bem dinâmicos, com grande liberdade de improviso. É mais fácil fazer turnê, há menos custos com passagens. Afinal, a dupla cabe em qualquer sala de amigo'', afirma Andrade.
Abaixo, conheça The Baggios: