“Desde que colocamos esse show na estrada, muita coisa mudou, principalmente em relação à execução das músicas. Percebemos que o propósito de algumas delas seria melhor explorado se a gente deixasse tudo mais solto, mais ao vivo”, conta ele. A proposta de apresentações em clima mais orgânico vem da evolução do relacionamento de Jaloo com suas próprias canções e também do amadurecimento de suas performances ao vivo.
Prestes a completar 30 anos em setembro, o artista conta que, apesar de os shows terem como referência a estrutura usada por cantoras pop – figurino, danças e interações com o público –, tudo é feito de forma a celebrar sua verve autoral. “Nesse disco, tentei explorar da melhor forma possível todo o meu conhecimento musical, sem esquecer a minha própria verdade”, comenta ele. Com 12 faixas, o álbum transita entre a felicidade e a melancolia em ritmos que mesclam música eletrônica e elementos das culturas paraense e indígena.
LIBERTAÇÃO Apesar do clima de celebração de seus shows, nem sempre Jaloo foi um performer notável.
Para isso, Jaloo vai incluir as principais canções do disco – Insight, Ah! Dor!, Last dance – e o último single, Chuva. Composta por Thalma de Freitas, ela foi lançada em 2012 pela paraense Gaby Amarantos. Na versão de Jaloo, a faixa perdeu a guitarra tecnobrega e ganhou abordagem etérea e mística. “Quando Gaby lançou a música, fiz um remix. Como ela não lançou e eu precisava montar repertório para shows, tirei a voz dela e coloquei a minha”, conta. “Chuva mistura amor e ciência. Acabou virando um hit maior do que eu esperava”, comenta.
Com look andrógino e “carão”, ele promete surpresas, como o mashup da música que mistura o funk carioca de MC Carol com o instrumental alucinado da artista canadense de synthpop Grimes, batizada por ele de Oblivion Loló.
JALOO
Hoje, às 22h. Com dançarinos de passinho da ONG Lá da Favelinha. A Autêntica, Rua Alagoas, 1.172, Savassi. Ingressos: R$ 35 (2º lote).