Fã de Clube da Esquina, o rapper quer provar que hip-hop não é "música marginal", como o samba já foi um dia. É bom lembrar: um dos clássicos do disco de Milton é justamente Me deixa em paz, belo samba de Monsueto gravado por Milton e Alaíde Costa.
Desde o fim do ano passado, Djonga vem fazendo shows em vários estados. Nesta sexta, 31, ele promete apresentação especial em BH. “Vou cantar o disco inteiro. É um momento importante da cultura hip-hop de BH”, diz. O show terá participações de Yodabren, voz feminina na faixa Santa ceia; de Fabrício FBC, narrador no interlúdio Irmãos de arma, irmãos de luta; de DV Tribo; dos rappers BK, DonCesão, Febem e Mob79; e dos DJs CoyoteBeatz, Cost e GustavoTreze – três dos seis beatmakers envolvidos no CD.
“Quero passar a mensagem de autoestima para os pretos e pretas”, afirma Djonga. A 10ª faixa de Heresia, o boombap O mundo é nosso, tem o refrão cantado pelo MC carioca BK. A letra diz assim: “Já disse pretos no topo e eu falava sério/ tipo BK, me veja como exemplo/ Minha quebrada na merda/ Minha city fora do mapa, mano/ Pros meus irmãos eu sou exemplo/ Sou elétrico/ tenho em mim a resistência/ Sou DV Afrotribo/ Pondo fim na concorrência".
FUNK “Na minha cabeça, rap e funk são o mesmo rolê
HERESIA
Show do rapper Djonga. Hoje (31), às 23h. Granfinos, Avenida Brasil, 326, Santa Efigênia, (31) 3241-1482. Ingressos: R$ 30.