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Mano Brown quer trazer a turnê do disco 'Boogie naipe' a BH

Produtora articula 'baile black' do rapper na capital mineira. CD solo do artista chega às lojas em 14 de abril

Ângela Faria
Turnê solo de Mano Brown estreia em maio na capital paulista. - Foto: Klaus Mitteldorf/Divulgação
A data ainda não está fechada, mas BH entrou no radar da turnê Boogie naipe, em que Mano Brown apresenta no palco seu primeiro disco solo, lançado em dezembro de 2016. A assessoria do rapper informa que a produtora Eliane Dias, mulher e empresária do músico, está articulando o ''baile black'' de Brown na capital mineira.
 
A estreia da turnê está marcada para 12 de maio no Citibank Hall, em São Paulo, seguida de shows do rapper – com banda – no Festival Bananada (14/5, em Goiânia) e no carioca Circo Voador (20/5).
 
Em 14 de abril, chega às lojas a versão física de Boogie naipe, cuja pré-venda já começou (link). O digipack custará R$ 29. As 22 faixas estão disponíveis nas plataformas digitais, mas Brown chamou a atenção para um detalhe: o projeto integral, com caprichadas ligações entre as faixas, não pode ser ouvido por todos na internet. Se o assinante do pacote premium do Spotify, por exemplo, tem acesso à integra, quem visita gratuitamente a plataforma escuta canções isoladas. Ou seja, perde o encadeamento das faixas, uma das ''cerejas'' do bolo.
 
Boogie naipe é radicalmente diferente do trabalho de Brown no Racionais. Trata-se de uma espécie de trilha sonora de baile black, com direito a cordas, maestro, arranjos bem-cuidados e faixas dançantes marcadas pela sonoridade soul, disco music e r&b, temperada com funk das antigas e pitadas de samba rock. Com letras românticas, Brown assume o lado cantor, em vez de apenas rimar. Ressalta que seu projeto não é nostálgico, tipo ''hora da saudade''. A ideia é mesclar o som setentista com batidas contemporâneas.
 
O projeto se inspirou na música americana que ele ouviu de dos 7 aos 12 anos, no período de 1977 a 1982, quando ídolos como Marvin Gaye e James Brown estavam vivos. Gaye, Jorge Ben Jor e Cassiano influenciaram o novo trabalho, mas também há referências a letras românticas de Altemar Dutra, Roberto Carlos, Marina e Gilberto Gil, entre outros. A ''soulfrência'' dançante de Brown bateu ponto em praticamente todas as listas dos melhores discos de 2016.
 
Um time de convidados de peso se juntou ao rapper e a seu fiel escudeiro Lino Krizz, coprodutor do álbum: Leon Ware (lenda da Motown, falecido em fevereiro), Seu Jorge, Hyldon, Carlos Dafé, Ellen Oléria, Simoninha, Max de Castro, William Magalhães (Banda Black Rio) e DJ Cia, entre vários outros.
 
Mano Brown promete um novo disco do Racionais, com inéditas e sucessor do elogiado Cores e valores, lançado em 2014, e um documentário sobre a trajetória da banda, com 27 anos de carreira. O longa será exibido no cinema
. A longo prazo, também está nos planos do grupo um filme de ficção sobre a banda.