“Não é sobre chegar no topo do mundo/ E saber que venceu/ É sobre escalar e sentir/ Que o caminho te fortaleceu/ É sobre ser abrigo/ E também ter morada em outros corações/ E assim ter amigos contigo/ Em todas as situações”. Foi com esses versos que a paranaense Ana Vilela, sozinha com seu violão, conquistou milhões de amigos – e fãs – na internet com a doce Trem-bala, sensação nas redes sociais no ano passado.
Na época, a compositora tinha 18 anos (fez 19 em fevereiro). Tomou um susto ao perceber que havia se tornado hitmaker de uma hora para a outra. Foi tietada por Luciano Huck, Luan Santana e pela top Gisele Bündchen, que pediu licença a Ana e postou sua própria versão da música nas redes sociais – cantando e tocando violão.
Tudo começou aos 12 anos, quando Ana Vilela aprendeu violão em sua cidade, Londrina. Aos 14, já compunha. Criada num momento difícil da vida da garota, Trem-bala se espalhou por meio dos amigos, que postaram a canção no WhatsApp. Dali a pouco, “viralizou”, com sua mensagem simples e delicada sobre as coisas que realmente têm importância na vida. Um dos fãs de Ana é Jakson Follmann, ex-goleiro do Chapecoence, que ouvia a música enquanto se recuperava, no hospital, do acidente aéreo que matou 71 pessoas em novembro do ano passado.
Domingo, a jovem cantautora chega a Belo Horizonte para fazer show no Cine Theatro Brasil Vallourec. Já esteve outras vezes na capital, em eventos fechados, mas agora é diferente. Acompanhada de sua banda, ela quer mostrar que não é andorinha de apenas um voo solo.