A funkeira acredita que a diferença entre salários de homens e mulheres está presente em vários setores, inclusive na música. "Homem que toca, compõe e canta é super valorizado, como um grande artista. Uma mulher que faz isso é julgada como apenas 'um dom', sendo que a mulher também estuda e se capacita para ser ainda mais uma grande artista."
Em postagens recentes de performances das cantoras, elas excluem 30% das musicas. Os vídeos são interrompidos pelo anúncio: "Esta música chegou a 70% de sua reprodução. O equivalente ao que mulheres ganham em comparação aos homens no mercado de trabalho." Valesca é confiante com a campanha e afirma não ter medo de reações negativas dos fãs pela música "cortada".
Segundo a organização da campanha, o mote para o projeto foi o Relatório Global de Desigualdade de Gênero do Fórum Econômico Mundial, que indica que são necessários mais de 170 anos para colocar fim à desigualdade de gêneros no aspecto econômico. "Para termos uma real mudança na disparidade salarial que vemos hoje, é preciso dar a devida importância ao tema", afirma Nana Queiroz, diretora-executiva da publicação em revista da AzMina. "Com o apoio de mulheres de peso na música brasileira, esperamos que as pessoas se sintam instigadas e procurem saber mais sobre o tema.".