No final de 2016, Brown surpreendeu meio mundo (principalmente o universo do rap) ao aparecer cantando em seu primeiro disco solo, Boogie naipe, com 22 faixas, e reverenciando o soul e o funk das antigas. O projeto bateu ponto em praticamente todas as listas de melhores álbuns de 2016. Se "cantarolou" no disco solo, como ele mesmo disse, a performance foi bem mais audaciosa em outro CD celebrado do ano passado: Voo do urubu, do maestro, compositor e multi-instrumentista Arthur Verocai. Brown canta (pra valer) em Cigana, faixa romântica composta por ele e Verocai.
Na verdade, Mano Brown não é "para-quedista" no mundo do samba. Quando jovem, era batuqueiro – inclusive, revela isso no rap Quanto vale o show?, faixa de Cores e valores, último disco do Racionais MCs. Nos anos 1970, na casa do menino Pedro Paulo, a mineira Clara Nunes e Alcione não faltavam na vitrola de sua mãe, dona Ana.
Mano Brown postou dois momentos batuqueiros na rede. Num deles, canta a música de Tim Maia
No projeto, Duani vai receber Marcelo D2, Diogo Nogueira, Dudu Nobre e Sambô. Integrante do Forroçacana, o anfitrião é mangueirense radicado em SP. Já trabalhou com Marcelo D2, Zeca Baleiro, Jorge Ben Jor, Alceu Valença, Lenine, Tulipa Ruiz, Céu, Mariana Aydar, Ivete Sangalo, Elba Ramalho e Moraes Moreira.