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'O samba bate outra vez' reúne Casuarina e Zé da Guiomar neste sábado, 28

Os grupos tomam conta do Music Hall para celebrar o gênero mais famosos do país, que completou 100 anos em 2016

Redação EM Cultura

Casuarina comemora os 100 anos do samba. - Foto: Páprica/Divulgação


O projeto O samba bate outra vez está de volta, agora no palco do Music Hall. No próximo sábado, 28, vão se apresentar dois redutos de bambas: o grupo mineiro Zé da Guiomar e Casuarina, legítimo representante da Lapa carioca.

No show do Zé da Guiomar, o público vai ouvir sucessos de Wando, Paulinho da Viola e Cartola, além de inéditas do novo disco. O CD está previsto para março, trazendo parcerias com sambistas de Minas Gerais.

Por sua vez, Casuarina traz a BH a turnê CentenáRIO do samba, alusiva aos 100 anos do gênero musical mais famoso do país. O repertório vai da pioneira Pelo telefone (Donga e Mauro de Almeida), gravada em 1917, à contemporânea Deixa a vida me levar, de Zeca Pagodinho.

Os cariocas prometem apresentar também as faixas de 7, seu álbum mais recente. O vocalista João Cavalcanti diz que esse disco é inspirado nas várias fases do samba, ''um pacote estilístico, comportamental e musical''.

Os dois grupos surgiram no começo dos anos 2000, período em que se registrou a revitalização do samba tanto em BH quanto no Rio de Janeiro. Cavalcanti lembra que o Casuarina, que completou 15 anos, foi um dos ''bandeirantes'' da Lapa, point histórico da boemia carioca.

''Hoje em dia, aquela região é um establishment da cidade, todo passeio turístico tem que ter uma noite na Lapa. Porém, quando a gente começou a ocupar os espaços por lá, em 2001, não tinha nada no entorno'', conta o músico.

LAPA

Em BH, ocorreu algo parecido. O samba bate outra vez nasceu no espaço Lapa Multshow, que funcionou no Bairro Santa Efigênia de 1997 a 2011. Quando a casa fechou, as apresentações migraram para outros palcos da capital, mas foram interrompidas em 2016 por falta de recursos.

Como o samba agoniza mas não morre, o projeto está de volta. A participação de Zé da Guiomar neste retorno é simbólica: o grupo foi o último a se apresentar no Lapa. Daquele show participava também o saudoso cantor e compositor Vander Lee (1966-2016).

O percussionista Totove Ladeira diz que o nome do novo disco, Carta na manga, também é simbólico, pois não deixa de se referir à luta dos artistas em tempos de crise.

O SAMBA BATE OUTRA VEZ
Com Zé da Guiomar, Casuarina e DJ Renatito

. Music Hall, Av. do Contorno, 3.239, Santa Efigênia, (31) 3461-4000. Amanhã, às 22h. R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).