O desafio se dá já na apresentação, com uma justificativa do nome do álbum, que funciona também como convite para entender o contexto da criação. “Descobrir o congo de um determinado tema que estou estudando, chegar ao Congo. Congo é, para mim, a imagem da origem, ou melhor, de um tempo anterior à origem”, escreve o artista plástico Arthur Omar no texto de apresentação do CD. Com produção independente, Rodrigo Tavares ainda não tem previsão de realizar apresentações do álbum. O músico começou a compor as faixas entre o final de 2014 e o primeiro semestre de 2015.
“Resolvi que tentaria forjar, a meu modo, a partir das minhas referências, do meu universo e da inteligência e sensibilidade coletivas que me cercavam, melodias fundamentais, padrões rítmicos e harmônicos mínimos, repetitivos, hipnóticos, que seriam atravessados por algum tipo de improviso, algo que remetesse a uma realidade anterior à minha história individual, que se ligasse à vida de outros lugares e outros tempos.”
Com arranjos sofisticados e execução cuidadosa dos instrumentistas, as composições não perdem a leveza. A obra se destina a quem busca apreciação musical menos superficial, exigindo a abertura de quem ouve aos elementos da composição. Tocando guitarra, Rodrigo é acompanhado na maioria das músicas por Pedro Santa no baixo acústico
O álbum foi disponibilizado na internet no fim de 2016. As faixas podem ser baixadas em página própria do músico ou no Spotify. Neste mês, Rodrigo lançou a mídia física, com capa assinada por Andrea Gomes, a partir de obra de Cristiano Lenhardt e Jussara Hoeher.
Congo
. Artista: Rodrigo Tavares
. Disponível no BandCamp e Spotify
. Preço: R$ 30 (sob encomenta na página rodrigotavares.bandcamp.com)