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Confira como foi o 2016 de Paul McCartney

Ex-Beatle relembra os momentos mais memoráveis do ano, como sua turnê mundial e os shows no Desert Trip

Estado de Minas
O ano de 2016 está chegando ao fim.
E eis que Paul McCartney resolveu fazer uma retrospectiva com os melhores momentos de seu ano. O ex-Beatle concedeu uma entrevista para o site PaulMcCartney.com na qual comenta os principais acontecimentos, como sua turnê pelos Estados Unidos e a estreia do festival Desert Trip, na California, que reuniu, além de Paul, outros dinossauros do rock, como Rolling Stones, Bob Dylan e The Who. 
 
Paul McCartney durante sua apresentação no festival Desert Trip, em outubro. - Foto: Facebook/Reprodução
 
No início do ano, Paul escreveu e produziu sons para 10 emoticons animados do Skype - os quais a empresa chama de Mojis. São personagens que movem-se e giram ao som de acordes curtos e músicas sem letra. Ele conta que esta foi sua primeira vez produzindo algo do tipo. Então, em um primeiro momento, parou para pensar se aquilo não seria uma ''perda de tempo''. ''Eu não deveria estar fazendo 'música de verdade'? Porque isso levava bastante tempo. Mas foi tão divertido e eu amei o desafio, porque as 'músicas' tinham que ter até cinco segundos.
Esse era o exercício. É possível fazer algo com significado que tem apenas cinco segundos de duração?'', disse. 

 
Em março, Paul McCartney recebeu a notícia da morte de George Martin, produtor considerado o 'quinto Beatle'. ''Nós realizamos um tributo para ele que foi muito comovente. Na verdade, foi um pouco engraçado, mas não deixou de ser triste. Foi uma grande oportunidade para apenas lembrar das coisas que ele fez em vida'', comentou.  Paul conta que os dois mantinham uma relação bastante próxima. Todo ano, o músico enviava para George uma garrafa de vinho em seu aniversário. O produtor, por sua vez, respondia com uma carta de agradecimento escrita à mão. ''Ele me escrevia as palavras mais amáveis. Eu amava o jeito como ele escrevia. Ele era bastante tradicional''. 

TURNÊ ONE ON ONE 

Em 2016, Paul McCartney colocou a digressão mundial One on one, que contou com 40 apresentações ao redor do mundo todo. Para ele, a mais marcante foi em Boston, no dia 17 de julho. 

''Quando você toca em um grande estádio de baseball como o Fenway Park, é um grande evento. Mas também por causa da história do estádio'', conta.
''Lá, eu me lembro que uma lua cheia estava no céu enquanto tocávamos. Nós estávamos à céu aberto, e estava muito bonito''. 

CAPITOL RECORDS 

Em agosto, Paul anunciou seu retorno à Capitol Records, gravadora que foi o primeiro selo do músico nos Estados Unidos. À época, ele contou que o primeiro disco comprado em sua vida, Be-bop-a-lula (1956), de Gene Vincent, também pertence à gravadora norte-americana. 

''Eu gosto muito da Capitol, na verdade. Por causa do começo da minha carreira nos Estados Unidos e por conta de Gene. Mas aí, quando você vai ao estúdio, você percebe que tudo ali é extremamente histórico. E você sabe que pessoas muito talentosas gravaram lá: Sinatra, Nat King Cole''. Ele ainda conta que, quando gravou Kisses on the bottom (2012), ele usou um dos microfones de Nat King Cole. ''Foi um pouco intimidador, mas extremamente mágico''. 

DESERT TRIP 

Em outubro, por dois finais de semana seguidos, Paul McCartney se apresentou no festival Desert Trip, em Indio, na Califórnia. Na ocasião, Paul realizou um show surpresa para 300 fãs em um bar na cidade de Pioneertown. 

''Primeiro final de semana, nós fomos na sexta-feira para assistir às apresentações de Bob Dylan e dos Stones. Foi muito empolgante vê-los, de qualquer forma, mas vê-los tocando em um grande deserto foi incrível'', conta o ex-Beatle, que compareceu a todos os shows das bandas e artistas com quem dividiu o line-up, como The Who e Roger Waters. 

''No primeiro final de semana, Neil convidou a gente para participar do show dele.
No segundo, ele aceitou o nosso convite e dessa vez ele tocou um solo mais longo'', relembra. ''Eu o conheço há tanto tempo, e estar ao lado dele, ver o seu rosto radiante, nós dois sorrindo. Foi muito divertido. E o público adorava, e era uma audiência enorme!''. 

Entre as duas apresentações, Paul aproveitou seus dias na Califórnia para fazer algumas loucuras, como um show surpresa em um bar simples em Pioneertown. ''Um ótimo pequeno show! Foi bastante mágico! Nós ensaiamos em celeiro. Nosso objetivo era fazer um show bem pequeno, intimista, então não tínhamos muito equipamento. Foi um show acústico, então, quando chegou no solo de Junior's farm todo mundo tinha que ficar em silêncio e apenas ouvir''.
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