As aventuras da Blitz (1982) é um marco da música brasileira por mais de uma razão. Foi o ápice do encontro iniciado tempos antes com os integrantes do combo teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone. Com Lobão, Evandro Mesquita resolveu, no início daquela década, montar uma banda de rock teatral.
Bem, o resto da história todo mundo conhece. A Blitz, com aquele sucesso, durou apenas alguns anos. Mas Mesquita continuou levando o grupo ao longo do tempo, com outros integrantes. Trinta e quatro anos depois do primeiro álbum, a Blitz lança Aventuras II.
A Blitz dos álbuns posteriores virou um retrato (distante) de uma época. Este novo trabalho busca tirar o mofo com uma produção caprichada que dialoga com o primeiro disco no humor e na diversidade de gêneros.
Agora contando com Billy Forghieri (teclados, também da formação original), Rogério Meanda (guitarra), Cláudia Niemeyer (baixo) e Andréa Coutinho e Nicole Cyrne (vocais), a banda contou com a participação de 27 (!) convidados.
CONVIDADOS A maior parte é de instrumentistas, mas há vozes mais do que conhecidas. Zeca Pagodinho canta na simpática Fominha, uma crônica sobre um caso amoroso mal resolvido que brinca com o futebol; Herbert Vianna, junto aos colegas dos Paralamas e David Moraes, gravou a swingada Nu na ilha; o vozeirão de Seu Jorge comanda Martelinho de ouro, canção que dialoga com soul, o samba (graças à participação de Pretinho da Serrinha) e até o rock (a guitarra de Andreas Kisser dita o tom).
Outros bons momentos são Chacal blues, que como o próprio título indica é um blues, de autoria do poeta Chacal. Já O rei do gatilho, de Miguel Gustavo, canção histórica do repertório de Moreira da Silva (foi a partir dela que o sambista passou a ser chamado de Kid Morengueira), é a única canção não autoral do álbum.
Evandro Mesquita, hoje um senhor de 64 anos, continua cantando como um garotão carioca de fala mole e simpática. Os temas, em geral, são relacionamentos, amorosos ou não, bem ou mal-sucedidos, sempre em forma de crônica. Depois de transformar o estúdio de ensaio (em cima de sua garagem) num estúdio de gravação (com o nome de Toca da Onça), ele e o grupo passaram, sem pressa, os dois últimos anos trabalhando na composição.
“Minha maior preocupação sempre foi mais com beijo na boca do que com boda de ouro. Mas acabou sendo um beijo longo”, afirma Mesquita sobre o processo de feitura de Aventuras II. A metáfora serve também para a própria Blitz, que chega ao fim deste 2016 completando 35 anos de história.
Sem ensaio
Desde 2015, Evandro Mesquita pode ser visto na TV como o puxa-saco Armando Volta, um dos alunos da Escolinha do Professor Raimundo. O humorístico, que foi reeditado com novo elenco para comemorar os 25 anos da série criada por Chico Anysio, termina sua temporada deste ano no Natal. Haverá uma terceira temporada em 2017. Mesquita interpreta o personagem que foi de David Pinheiro na versão original. “É um exercício muito bom, porque não tem ensaio e ninguém sabe o texto do outro. É muita adrenalina, igual a prova de ginásio.”
Com desbunde, irreverência e descompromisso, a Blitz (o nome veio de Lobão, então baterista do grupo) foi a cara do verão carioca daquele ano graças a uma histórica temporada no então nascente Circo Voador. Marcou também o início do chamado BRock (ou Rock Brasil). O primeiro LP foi lançado em setembro de 1982, meses depois de um compacto (Você não soube me amar) que vendeu 1 milhão de cópias.
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A Blitz dos álbuns posteriores virou um retrato (distante) de uma época. Este novo trabalho busca tirar o mofo com uma produção caprichada que dialoga com o primeiro disco no humor e na diversidade de gêneros.
Agora contando com Billy Forghieri (teclados, também da formação original), Rogério Meanda (guitarra), Cláudia Niemeyer (baixo) e Andréa Coutinho e Nicole Cyrne (vocais), a banda contou com a participação de 27 (!) convidados.
CONVIDADOS A maior parte é de instrumentistas, mas há vozes mais do que conhecidas. Zeca Pagodinho canta na simpática Fominha, uma crônica sobre um caso amoroso mal resolvido que brinca com o futebol; Herbert Vianna, junto aos colegas dos Paralamas e David Moraes, gravou a swingada Nu na ilha; o vozeirão de Seu Jorge comanda Martelinho de ouro, canção que dialoga com soul, o samba (graças à participação de Pretinho da Serrinha) e até o rock (a guitarra de Andreas Kisser dita o tom).
Outros bons momentos são Chacal blues, que como o próprio título indica é um blues, de autoria do poeta Chacal. Já O rei do gatilho, de Miguel Gustavo, canção histórica do repertório de Moreira da Silva (foi a partir dela que o sambista passou a ser chamado de Kid Morengueira), é a única canção não autoral do álbum.
Evandro Mesquita, hoje um senhor de 64 anos, continua cantando como um garotão carioca de fala mole e simpática. Os temas, em geral, são relacionamentos, amorosos ou não, bem ou mal-sucedidos, sempre em forma de crônica. Depois de transformar o estúdio de ensaio (em cima de sua garagem) num estúdio de gravação (com o nome de Toca da Onça), ele e o grupo passaram, sem pressa, os dois últimos anos trabalhando na composição.
“Minha maior preocupação sempre foi mais com beijo na boca do que com boda de ouro. Mas acabou sendo um beijo longo”, afirma Mesquita sobre o processo de feitura de Aventuras II. A metáfora serve também para a própria Blitz, que chega ao fim deste 2016 completando 35 anos de história.
Sem ensaio
Desde 2015, Evandro Mesquita pode ser visto na TV como o puxa-saco Armando Volta, um dos alunos da Escolinha do Professor Raimundo. O humorístico, que foi reeditado com novo elenco para comemorar os 25 anos da série criada por Chico Anysio, termina sua temporada deste ano no Natal. Haverá uma terceira temporada em 2017. Mesquita interpreta o personagem que foi de David Pinheiro na versão original. “É um exercício muito bom, porque não tem ensaio e ninguém sabe o texto do outro. É muita adrenalina, igual a prova de ginásio.”
Blitz – Aventuras II
• Banda: Blitz
• Gravadora: Deck Discos
• Preço sugerido: R$ 19,90