O escorpião é um artrópode aracnídeo que possui peças bucais em formato de pinça, além do tórax que se estreita e forma um ferrão, que pode ou não ser venenoso. Simbolicamente, está ligado a transições e até mesmo à luxúria. E, musicalmente, dá nome ao álbum de estreia do piauiense Serge Erege, Scorpio, que se baseou no pos-punk e no new wave para criar seu synthpop sofrência.
Apesar de todo o simbolismo, o título não pautou a construção do álbum – foi a última coisa a ser decidida. As faixas – nove, todas cantadas em inglês – foram surgindo aos poucos. “A mais antiga é Want me, mas venho produzindo desde 2008”, revela Serge, de 30 anos, que lança seu primeiro trabalho depois do que chama de “miniodisseia”.
“Desde que minhas bandas foram entrando em hiato, comecei a produzir por conta própria”, conta, relembrando os dois grupos que teve durante a adolescência, um mais indie e o outro mais grunge. “Não queria parar de fazer música por não ter mais gente para fazer comigo”, explica.
Conquistadas a independência e a coragem, o cantor e compositor decidiu produzir algumas bases para que alguém pudesse tocar com ele. Depois de alguns shows em Teresina, resolveu se arriscar em São Paulo. Aos poucos, conquistou reconhecimento.
“Em 2013, gravei EP de uma sessão ao vivo e algumas participações em faixas de produtores amigos”, conta. “Um ano depois, recebi a proposta para participar do selo Ganzá/Skol Music, assinei com eles e Scorpio é o primeiro resultado disso.”
As canções foram feitas para a era digital, com muitos instrumentos virtuais e synths analógicos. “Para compor, o mais comum é começar tocando algum synth, aí faço uma bateria simples para marcar o tempo e depois vou fazendo vocalizações. A partir disso, incremento o instrumental e a batida. Por último vem a letra”, revela.
O resultado é uma série de batidas sintéticas misturadas à atmosfera oitentista, que, claramente, traz referências de New Order, Erasure e Pink Industry.
O ferrão, que pode ou não ser venenoso, está na sofrência. Mas Serge Erege pondera: “Meu som tem sua sofrência, é intenso muitas vezes, mas não é só sobre isso. Tem o seu quê de mistério e sensualidade também”, decreta.
Nasce um artista que está aí para realocar a música eletrônica no estado de melancolia, mas sem estagnação.
SCORPIO
• De Serge Erege
• Ganzá/Skol Music
• Informações: sergeerege.flavors.me
EM MINAS
Em outubro, Serge Erege veio a Belo Horizonte como uma das atrações do projeto No Ar Coquetel Molotov. Amanhã, ele estará de volta a Minas para participar do festival Meca Inhotim, em Brumadinho. Serge revela grande expectativa para essa apresentação. “Vou tocar o Scorpio inteiro. Nesse show, contarei com minha grande parceira Érica Alves nos synths. Tô felizão de tê-la no palco”.
MECA INHOTIM
HOJE
19h45: Lei Di Dai
21h: Mahmundi
22h30: Dônica
Meia-noite: Caetano Veloso
DOMINGO
14h15: Banda Senhor do Bonfim
15h30: Serge Erege
16h30: Opala
17h30: Jaloo
19h: Liniker
>> Instituto Inhotim, Rua B, 20, Brumadinho. Ingressos: de R$ 125 a R$ 490, incluindo shows, palestras e workshops, além de acesso a pavilhões e jardins. Informações: www.inhotim.org.br e meca.love/meca-inhotim
Apesar de todo o simbolismo, o título não pautou a construção do álbum – foi a última coisa a ser decidida. As faixas – nove, todas cantadas em inglês – foram surgindo aos poucos. “A mais antiga é Want me, mas venho produzindo desde 2008”, revela Serge, de 30 anos, que lança seu primeiro trabalho depois do que chama de “miniodisseia”.
“Desde que minhas bandas foram entrando em hiato, comecei a produzir por conta própria”, conta, relembrando os dois grupos que teve durante a adolescência, um mais indie e o outro mais grunge. “Não queria parar de fazer música por não ter mais gente para fazer comigo”, explica.
Conquistadas a independência e a coragem, o cantor e compositor decidiu produzir algumas bases para que alguém pudesse tocar com ele. Depois de alguns shows em Teresina, resolveu se arriscar em São Paulo. Aos poucos, conquistou reconhecimento.
“Em 2013, gravei EP de uma sessão ao vivo e algumas participações em faixas de produtores amigos”, conta. “Um ano depois, recebi a proposta para participar do selo Ganzá/Skol Music, assinei com eles e Scorpio é o primeiro resultado disso.”
As canções foram feitas para a era digital, com muitos instrumentos virtuais e synths analógicos. “Para compor, o mais comum é começar tocando algum synth, aí faço uma bateria simples para marcar o tempo e depois vou fazendo vocalizações. A partir disso, incremento o instrumental e a batida. Por último vem a letra”, revela.
O resultado é uma série de batidas sintéticas misturadas à atmosfera oitentista, que, claramente, traz referências de New Order, Erasure e Pink Industry.
O ferrão, que pode ou não ser venenoso, está na sofrência. Mas Serge Erege pondera: “Meu som tem sua sofrência, é intenso muitas vezes, mas não é só sobre isso. Tem o seu quê de mistério e sensualidade também”, decreta.
Nasce um artista que está aí para realocar a música eletrônica no estado de melancolia, mas sem estagnação.
SCORPIO
• De Serge Erege
• Ganzá/Skol Music
• Informações: sergeerege.flavors.me
EM MINAS
Em outubro, Serge Erege veio a Belo Horizonte como uma das atrações do projeto No Ar Coquetel Molotov. Amanhã, ele estará de volta a Minas para participar do festival Meca Inhotim, em Brumadinho. Serge revela grande expectativa para essa apresentação. “Vou tocar o Scorpio inteiro. Nesse show, contarei com minha grande parceira Érica Alves nos synths. Tô felizão de tê-la no palco”.
MECA INHOTIM
HOJE
19h45: Lei Di Dai
21h: Mahmundi
22h30: Dônica
Meia-noite: Caetano Veloso
DOMINGO
14h15: Banda Senhor do Bonfim
15h30: Serge Erege
16h30: Opala
17h30: Jaloo
19h: Liniker
>> Instituto Inhotim, Rua B, 20, Brumadinho. Ingressos: de R$ 125 a R$ 490, incluindo shows, palestras e workshops, além de acesso a pavilhões e jardins. Informações: www.inhotim.org.br e meca.love/meca-inhotim