O criador ouve sua criação. Quarenta e um anos depois de ter a música Rato miúdo censurada em seu disco Refazenda, Gilberto Gil, ao lado dos filhos e dentro de um estúdio, ouve e sorri com ela divertindo-se como um novato. Na noite de quinta-feira, ele divulgou vídeo em que aparece cantando as frases que lembra da música.
A canção já havia sido divulgada na terça-feira, 18, pelo compositor e cineasta Jorge Alfredo Guimarães. Agora, Gil comenta em sua página no Facebook: "Noite boa pra ouvir Rato miúdo em família. A música entraria em Refazenda mas foi censurada e somente no início dessa semana a descobri com vocês #PelaInternet no canal de seu compositor Jorge Alfredo", escreveu.
Marcelo Fróes, que produziu a coletânea Ensaio geral, de Gil, fez uma correção ao artista. "Rato miúdo não se trata de sobra de estúdio. Na verdade não é sobra do Refazenda. Foi gravada junto com Sítio do picapau amarelo e Gaivota um ano depois.
Censura O que levou Rato miúdo a cair nas tesouras dos militares censores foram partes como esta "por ter sido julgado incapaz, definitivamente, podendo exercer atividades civis". "Gil teve que retirar a música do show e do LP Refazenda, e não colocou nenhuma outra no lugar", escreveu o compositor.
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