De repente, a vida muda... desde a infância eu lido com dificuldade com essa certeza. Nossos sonhos não se adaptam à realidade. Querem vida paralela, à frente das possibilidades esperadas. Moldando e tentando conduzir a realidade que nos rodeia. Ou transformando tudo que sonhamos, em verdade para ser vivida. Quanto tempo foi necessário para aprender a entender e aceitar essa engrenagem dos acontecimentos com suas adversidades... Para perceber que as tristezas se transformam em conforto para nossa alma, depois da compreensão das fatalidades que permeiam o acaso.
Há dois anos, em uma noite agradabilíssima em Salvador, após o aniversário de um amigo, sentei-me, em um bar, de frente para Fernando Brant. Não sabia que pouco tempo nos separava da saudade de termos convivido intensamente na música e na amizade. Era um domingo, já tarde da noite. Eu, com minha forma romântica, quase dramática, talvez irônica, de perceber o mundo. Ele, com sua forma leve e quase desinteressada de perceber os problemas. Uma simbiose Dionisíaca e Apolínea.
Conversamos sobre o futuro, seus planos, meus planos e planejamos shows, concertos e músicas por fazer... Falamos de nossas composições gravadas e daquelas guardadas em HDs de computadores, suplicantes de serem ouvidas. Não permitiríamos que passassem por esse mundo residindo somente na clausura de partituras, textos e nossa mente. Para
começar, resolvemos montar um espetáculo lançando I Fioretti – Fantasia para um homem bom.
Mas... De repente a vida muda. Estava próximo o tempo da saudade de termos convivido intensamente na música e na amizade. E o “Senhor de Todas as Coisas” marcou sua hora. Convidou-o para a grande viagem. E lá se foi, no nevoeiro, o mensageiro de paz que eu encontrara como amigo. Seu pensamento sobre a amizade, respeito e humanidade, ficou em mim. Mesmo quando meu sonho está à frente da consciência, em uma luta constante pela moldagem da realidade. Percebi que essa utopia é a nossa memória de outros tempos e lugares, nos puxando para a realidade que imaginamos sonho. Tentando nos tirar do sonho que julgamos realidade. E a vida segue...
Há dois anos, em uma noite agradabilíssima em Salvador, após o aniversário de um amigo, sentei-me, em um bar, de frente para Fernando Brant. Não sabia que pouco tempo nos separava da saudade de termos convivido intensamente na música e na amizade. Era um domingo, já tarde da noite. Eu, com minha forma romântica, quase dramática, talvez irônica, de perceber o mundo. Ele, com sua forma leve e quase desinteressada de perceber os problemas. Uma simbiose Dionisíaca e Apolínea.
Conversamos sobre o futuro, seus planos, meus planos e planejamos shows, concertos e músicas por fazer... Falamos de nossas composições gravadas e daquelas guardadas em HDs de computadores, suplicantes de serem ouvidas. Não permitiríamos que passassem por esse mundo residindo somente na clausura de partituras, textos e nossa mente. Para
começar, resolvemos montar um espetáculo lançando I Fioretti – Fantasia para um homem bom.
Mas... De repente a vida muda. Estava próximo o tempo da saudade de termos convivido intensamente na música e na amizade. E o “Senhor de Todas as Coisas” marcou sua hora. Convidou-o para a grande viagem. E lá se foi, no nevoeiro, o mensageiro de paz que eu encontrara como amigo. Seu pensamento sobre a amizade, respeito e humanidade, ficou em mim. Mesmo quando meu sonho está à frente da consciência, em uma luta constante pela moldagem da realidade. Percebi que essa utopia é a nossa memória de outros tempos e lugares, nos puxando para a realidade que imaginamos sonho. Tentando nos tirar do sonho que julgamos realidade. E a vida segue...