Quem viu as chamadas da próxima novela das 21h da Globo, A lei do amor, já deve ter reparado na voz interessante que canta em dueto com Milton Nascimento. O dono dela – e da música Maior, tema do protagonista Pedro (Reynaldo Gianecchini) – é o cantor e compositor Dani Black.
A canção não reflete apenas um momento do artista, mas de todos os seres humanos, acredita Dani. “Eu sou maior do que era antes/ Estou melhor do que era ontem/ Eu sou filho do mistério e do silêncio/ Somente o tempo vai me revelar quem sou”, diz a letra. “É uma ideologia de vida mesmo, de acreditar na evolução. Quando a gente melhora, sofre menos, entende mais quem realmente é. Evoluir talvez seja o grande sentido da vida”, defende o cantor.
Filho da cantora Tetê Espíndola e do guitarrista Arnaldo Black, desde cedo Dani se acostumou com as notas e acordes musicais. Aos 28 anos, ele acaba de ser indicado pela primeira vez ao Prêmio Grammy Latino – e em duas categorias: canção em língua portuguesa (Maior) e melhor álbum de MPB (Dilúvio). “Só receber essas indicações já foi um reconhecimento enorme, pois é tipo o ‘Oscar da música’. Estou nas nuvens e faço questão de estar lá na premiação, nos Estados Unidos, em novembro”, celebra o artista.
Sábado (1), Dani Black faz show solo na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes. O show tem o CD Dilúvio como eixo. Porém, como estará sozinho no palco, “tudo pode acontecer”, adianta. “Sou apenas eu e minha guitarra. Então, tenho liberdade muito grande. Vou tocar as músicas do CD, além de muita coisa que me der na telha. É um show intimista, mas intenso e profundo”, avisa.
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“Fico muito feliz em ver ídolos cantando as minhas músicas e, ao mesmo tempo, ver que eles estão buscando artistas mais novos, querendo conhecer o trabalho de gente que está aí, despontando. Ser gravado por pessoas de todas as gerações é sinal de que a música é atemporal, não tem idade”, destaca.
Por falar em referência, Bituca é uma das maiores para Dani. O jovem já participou de dois discos em homenagem ao fundador do Clube da Esquina: Mar azul (cantando Travessia) e Mil Tom (Paisagem da janela). “Ele passou de ídolo a amigo. Milton começou a circundar minha vida. Por isso, tinha que fazer parte do Dilúvio. Esse canal ‘miltiano’, ou ‘bituqueiro’, como preferirem, acabou se intensificando. E foi ótimo, porque sou apaixonado por ele”, conclui.