De família talentosa, todos violonistas, Badi Assad sai de seu conforto instrumental para fazer um disco de canções com revisitações a músicas de um universo mais pop do que aquele que geralmente frequenta. Seu disco Singular é, primeiro, de uma coragem respeitável. Assim como o artista de linguagem mais abrangente pode se intimidar diante das pedreiras de um projeto jazzístico, Badi também pode vacilar com a partitura de uma canção da banda inglesa de folk Mumford & Sons nas mãos.
Sair-se bem aqui não é só uma questão de dominar o instrumento. Claro que isso ela faz, mas precisa agora cantar, algo que faz a diferença. O violão vai para o fundo, fica a voz. E essa voz precisa falar com verdade.
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Outro momento corajoso foi transformar a canção Little lion man, do punk folk Mumford and Sons, em um sambinha entrecortado por tamborim. A ideia aqui é melhor, mais fechada, mas sua voz não precisaria estar se esforçando tanto.
Vejo você aqui, bela canção inédita feita em parceria com Zélia Duncan, mostra que Badi funciona melhor quando as dinâmicas andam em águas calmas. Seu repertório se completa com o tema The hanging tree (do filme Jogos vorazes, a esperança: parte 1), Hunger of the pine (da banda de rock Alt-J), Sedadet (do cantor irlandês Hozier), Stranger (da turma DJ Skrillex, Justin Parker, Sam Dew e Grahan Muvon) e Spirit dogs, parceria com Daved Levita e com o irmão, Sergio Assad. (AE)
SINGULAR
De Badi Assad
Eldorado
Preço médio: R$ 25