Se a maré está boa, por que mudar o curso? Para Pancadélico (2015), seu oitavo disco de estúdio, o Jota Quest reuniu o mesmo time do álbum anterior, Funky funky boom boom (2013). Na produção, ''apenas'' Jerry Barnes e Nile Rodgers, músicos do Chic.
É música pop com ecos de funk e soul, bem tocada e bem produzida. Música para dançar e divertir – desde sempre a praia do quinteto de Belo Horizonte.
Com a turnê na estrada desde março, apenas agora o Jota Quest apresenta seu Pancadélico na capital – o show será amanhã, 24, no BH Hall. O vocalista Rogério Flausino comenta que o repertório terá pelo menos seis canções do novo trabalho: A vida não tá fácil pra ninguém (parceria com Arnaldo Antunes), Blecaute (que contou com a participação de Anitta), Um dia pra não se esquecer (o single atual, dividido com Projota), Mares do Sul, Sexo e paixão e Daqui só se leva o amor.
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Como ocorre em todos os shows do Jota, o visual é caprichado. O telão traz imagens produzidas para cada uma das novas canções.
A apresentação em BH será realizada bem perto de uma data cara para a banda: em 3 de outubro de 1996 ela recebeu seu primeiro álbum, Jota Quest, da Sony. Naquela noite – e nas duas subsequentes –, o grupo abriria para o Skank no antigo Olimpia, em São Paulo.
As duas décadas de carreira discográfica, por sinal, não passarão batidas. Até o fim do ano, a Sony lança um box do Jota com todos os álbuns de estúdio, o CD independente (gravado em 1995, em BH) e outro produzido para o mercado latino, com canções em espanhol.
''Estamos também reunindo uma compilação com raridades, remixes, bootlegs. Ainda não decidimos como vamos empacotar isso, se vai render um CD ou mais. Tem muita coisa legal, como gravações de TV'', comenta Flausino, citando um registro da banda cantando Casinha de sapê com Hyldon para o programa Som Brasil.
O grupo está produzindo um documentário. Recentemente, passou uma semana em Nova York, onde participou do Brazilian Day e aproveitou a curta temporada para fazer alguns registros.
Se são 20 anos de disco, a banda soma 23. Foi num outubro, mas de 1993, que Flausino entrou para o grupo – era o último dos integrantes do então J. Quest. Gravado no estúdio Polifonia, o álbum independente saiu em 1995. A tiragem, conta o vocalista, era de 1 mil cópias. ''Só umas 820 vieram para a gente, havia perda grande de produção. O CD ficou por aqui em BH mesmo'', comenta Flausino.
Agora, com o lançamento da discografia no box, essa história será recuperada.
PANCADÉLICO
Show do Jota Quest. Amanhã, às 22h. BH Hall, Avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, (31) 3209-8989. Ingressos de 2 º lote: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia). Informações: www.ticketsforfun.com.br