Nem o frio que deu as caras na noite de ontem no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi capaz de abafar o swing de flautas, violões, violinos e outros instrumentos que fecharam a 8ª edição do Festival I Love Jazz. Embalado pelo ritmo que vem se consolidando cada vez mais na cena musical de BH, o público dançou na Praça do Papa, cartão-postal da cidade emoldurado pela Serra do Curral. A montanha é um dos ingredientes que tornam o festival procurado por muitas pessoas e contribui para criar um cenário muito interessante no Mangabeiras. Com público estimado em 5 mil pessoas por dia passando pela praça, os organizadores agora voltam suas atenções para a edição de 2017, que pode apostar em grandes nomes da história do jazz que fariam 100 anos para construir a programação. Ella Fitzgerald, por exemplo, apontada como uma das maiores cantoras do século 20, completaria um século de vida em abril de 2017 se estivesse viva.
“Sempre gosto de trazer coisas diferentes, bandas diferentes. Temos pelo menos seis pessoas importantes ligadas ao jazz que completariam 100 anos no ano que vem. Ainda vamos iniciar esse planejamento, mas já sabemos que algumas coisas estão consolidadas”, diz Marcelo Costa, criador do Festival I Love Jazz e integrante da banda Happy Feet Jazz Band, penúltima a se apresentar na noite de ontem. Marcelo aponta que uma das coisas que deu certo este ano foi a distribuição da programação no sábado e no domingo, iniciando mais cedo o horário das atrações e, consequentemente, ocupando também o período da tarde. “Gosto muito desse horário porque ele é ideal para a presença de famílias e de crianças. Inclusive, tive contato com pessoas do Rio de Janeiro e de São Paulo que elogiaram muito, dizendo que lá eles não têm festivais desse tipo”, disse o músico.
De fato, as atrações em um horário mais cedo encheram o I Love Jazz de crianças e famílias animadas com o ritmo do jazz. A pista de dança do lindy hop, uma dança de origem afro-americana, encantou a pequena Laura de Menezes, de 5 anos, que bailava de um lado para o outro sem parar, além de distribuir beijinhos nas fotos promovidas pela mãe Tatiana de Menezes, de 34, e as amigas Waneila de Almeida, de 49, e Adelita Pacheco, de 33. “É a primeira vez que venho no festival e achei ótimo. Mas quando vi que minha filha gostou, achei melhor ainda”, brincou a militar. “Cheguei às 17h e não sabia se podia trazer criança. Deu supercerto. Gostei da música, da infraestrutura e do fato de ser um evento gratuito. O jazz não é o tipo de música que eu escutava em casa, mas agora vou passar a ouvir, já que minha filha gostou tanto”, completa. Waneila esteve nos dois dias e destacou a Serra do Curral na frente do palco. “É um cenário maravilhoso, que torna o evento ainda melhor”, disse.
PARTE DO CALENDÁRIO A idade do pequeno Marconi Contão, de apenas 1 ano, não foi um empecilho para que os pais o levassem aos shows de ontem. Preso no corpo da mãe, Larissa Contão, de 32, em um suporte modelo canguru, ele escutava o som tranquilamente. “A música é muito importante para o desenvolvimento da criança”, disse a mãe. Já o pai, Felipe Contão, de 33, disse que o evento já está no calendário da família. “É um tipo de som que dispensa comentários e é produzido em um ambiente muito bacana. Moramos dois anos na Bolívia e ano passado o Marconi estava muito pequeno. Mas este ano ele está com a gente.” O arquiteto Leonardo Werneck, de 42, levou o futuro baterista, Matias, de 5, para prestigiar os shows. “Ele já é um baterista nato”, brincou o pai. “O contato com a música é importante o quanto antes. No caso dele, esse contato vem desde quando estava na barriga da mãe”, afirmou.
Uma das bandas que se apresentou ontem foi o Pepe Já Tirei a Vela, nome mais curioso das atrações do I Love Jazz. Um dos integrantes do grupo, Thiago Mello disse que os quatro componentes tocaram pela primeira vez no festival e gostaram da experiência. Além de Thiago, fazem parte do grupo Raíssa Uchoa, que toca contrabaixo, Pablo Barcelos, no violão, e Rogério Sena, no bandolim. “A gente já tinha o costume de frequentar o festival e já tocamos muito da grama da Praça do Papa. Agora, passamos para o palco”, brincou o responsável pelo violino da banda. O nome do grupo veio de um episódio do seriado Chapolin Colorado, série mexicana de muito sucesso do Brasil. “Somos de BH e é bacana participar de um movimento que tem o objetivo de popularizar o jazz”, disse Thiago.
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De fato, as atrações em um horário mais cedo encheram o I Love Jazz de crianças e famílias animadas com o ritmo do jazz. A pista de dança do lindy hop, uma dança de origem afro-americana, encantou a pequena Laura de Menezes, de 5 anos, que bailava de um lado para o outro sem parar, além de distribuir beijinhos nas fotos promovidas pela mãe Tatiana de Menezes, de 34, e as amigas Waneila de Almeida, de 49, e Adelita Pacheco, de 33. “É a primeira vez que venho no festival e achei ótimo. Mas quando vi que minha filha gostou, achei melhor ainda”, brincou a militar. “Cheguei às 17h e não sabia se podia trazer criança. Deu supercerto. Gostei da música, da infraestrutura e do fato de ser um evento gratuito. O jazz não é o tipo de música que eu escutava em casa, mas agora vou passar a ouvir, já que minha filha gostou tanto”, completa. Waneila esteve nos dois dias e destacou a Serra do Curral na frente do palco. “É um cenário maravilhoso, que torna o evento ainda melhor”, disse.
PARTE DO CALENDÁRIO A idade do pequeno Marconi Contão, de apenas 1 ano, não foi um empecilho para que os pais o levassem aos shows de ontem. Preso no corpo da mãe, Larissa Contão, de 32, em um suporte modelo canguru, ele escutava o som tranquilamente. “A música é muito importante para o desenvolvimento da criança”, disse a mãe. Já o pai, Felipe Contão, de 33, disse que o evento já está no calendário da família. “É um tipo de som que dispensa comentários e é produzido em um ambiente muito bacana. Moramos dois anos na Bolívia e ano passado o Marconi estava muito pequeno. Mas este ano ele está com a gente.” O arquiteto Leonardo Werneck, de 42, levou o futuro baterista, Matias, de 5, para prestigiar os shows. “Ele já é um baterista nato”, brincou o pai. “O contato com a música é importante o quanto antes. No caso dele, esse contato vem desde quando estava na barriga da mãe”, afirmou.
Uma das bandas que se apresentou ontem foi o Pepe Já Tirei a Vela, nome mais curioso das atrações do I Love Jazz. Um dos integrantes do grupo, Thiago Mello disse que os quatro componentes tocaram pela primeira vez no festival e gostaram da experiência. Além de Thiago, fazem parte do grupo Raíssa Uchoa, que toca contrabaixo, Pablo Barcelos, no violão, e Rogério Sena, no bandolim. “A gente já tinha o costume de frequentar o festival e já tocamos muito da grama da Praça do Papa. Agora, passamos para o palco”, brincou o responsável pelo violino da banda. O nome do grupo veio de um episódio do seriado Chapolin Colorado, série mexicana de muito sucesso do Brasil. “Somos de BH e é bacana participar de um movimento que tem o objetivo de popularizar o jazz”, disse Thiago.