A cantora Sara Alves, de 23 anos, mais conhecida como Sara Não Tem Nome, já teve a oportunidade de participar da Virada Cultural de Belo Horizonte como espectadora e até como produtora de algumas atrações. Este ano, ela finalmente entrou na programação oficial. Às 2h de domingo, a artista sobe ao palco da Praça Afonso Arinos para mostrar seu primeiro disco, Ômega III.
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“Será muito interessante esse show, porque, além de eu ter a oportunidade de conferir outros artistas que também vão se apresentar ali, a praça é um ponto onde há fluxo muito grande de pessoas, seja do Centro ou do Maletta”, comenta Sara.
Lançado no fim do ano passado, o CD foi gravado durante a residência artística de Sara no Red Bull Station, em São Paulo. Aborda questões relacionadas à sua adolescência, passada em Contagem, onde ela nasceu, e suas implicações – solidão, melancolia, religiosidade e relações familiares – de maneira non sense, irônica e niilista.
Uma das faixas batiza o disco. Sara conta que a escolha do nome é uma brincadeira com o ômega 3, muito presente nos peixes de água fria, como salmão e sardinha, que faz bem para o desenvolvimento do cérebro. “É como se o meu Ômega III fosse um ótimo alimento para o cérebro e para a alma”, pontua.
VITRINE
A cantora, que começou a compor aos 15 anos, festeja as respostas positivas ao seu trabalho vindas tanto do público quanto da crítica e observa que a Virada não deixa de ser ótima vitrine para divulgá-lo ainda mais.
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SARA NÃO TEM NOME
Domingo, às 2h. Praça Afonso Arinos, Centro.
ANONIMATO
Não há como deixar de reparar no inusitado nome: Sara Não Tem Nome. A cantora explica que a ideia veio de sua insatisfação com a importância que as pessoas dão a sobrenomes, de onde você vem e qual é a sua família. Essas questões a incomodavam, por deixar o trabalho em segundo plano. “Minha intenção é que as coisas que faço e falo viessem antes disso. Então, essa espécie de ‘anonimato’, ao mesmo tempo, afirma uma identidade, que é o caso do Sara Não Tem Nome, e lida com essas questões de uma maneira irônica, crítica e até cômica”, comenta ela.