Vítima do surto de caxumba que levou muita gente para a cama em São Paulo, Maria Rita transformou a doença em uma pausa necessária. “De cama, vi o silêncio, consegui ficar quieta, baixei a rotação. Como a palavra férias não existe no meu vocabulário e não saí por bem, acabei saindo por mal”, comentou, bem-humorada, por telefone.
Devido à doença, foi cancelado o lançamento do CD e DVD O samba em mim, previsto para a semana passada, no Rio de Janeiro. Mas as férias serão curtas, pois ela segue para a turnê internacional, com apresentação marcada para quinta-feira no Festival de Montreux, na Suíça.
Disco e DVD reúnem registros do show de encerramento da turnê Coração a batucar, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. O primeiro tem 13 faixas, sete a menos que o DVD. Ambos são abertos por É corpo, é alma, é religião, que Maria Rita ganhou de presente de Arlindo Cruz, Rogê e Arlindo Neto.
Para os fãs, os primeiros versos – “Eu não nasci no samba/ mas o samba nasceu em mim” – soam quase como autobiográficos. “Não deixa de ser uma verdade. Arlindo Cruz escreveu com tanta propriedade que me deixou emocionada. É como se ele me dissesse: ‘Você é isso’. O mais interessante é que esse é um olhar de quem está de fora”, observa. A relação da cantora com Arlindo se estreitou a partir de 2007, quando ela lançou seu terceiro disco, Samba meu.
O DVD reúne repertório “fidelíssimo” à turnê de Coração a batucar, explica Maria Rita. As músicas que não fazem parte do CD estão ali para dar tempero ao projeto ao vivo. “Independentemente da formação da minha banda, canções como Num corpo só (de Luiz Claudio Picolé e Arlindo Cruz) e Abismo (Thiago Silva, Lelê e Davi Santos) causam verdadeira comoção na plateia. Apesar de ser uma apresentação crua – eu e a banda –, o show é forte com a participação da plateia. Quando desenhei o show, estava atenta à forma como o público entenderia o meu repertório”, observa.
RECALL Caxumba não foi o único problema às vésperas do lançamento. Um recall foi determinado pela gravadora Universal depois de identificar a troca de faixas no álbum. O áudio de Coração a batucar foi substituído por Num corpo só, que faz parte do DVD. A troca das versões CD físico e álbum digital pode ser feita sem custos por meio do SAC da gravadora. As instruções estão disponíveis no site www.universalmusic.com.br.
Maria Rita reconhece o erro e diz ter ficado chateada. “Quando chequei o áudio do DVD, não vi necessidade de fazer o mesmo com o CD”, conta. “Mas como um amigo disse, o disco com a faixa trocada vai virar item de colecionador. Meu primeiro álbum, lançado em vinil, hoje está custando R$ 1,5 mil”, brinca.
Às vésperas de completar 39 anos (em setembro) e 13 anos depois do primeiro disco, ela diz manter o alto nível de exigência. Reconhece: é chata em relação aos detalhes de seus projetos. “Claro que tem uma maturidade musical, outras curiosidades e vontades, mas não consigo fazer um balanço geral da carreira. Férias é bom para essas avaliações. Prefiro trabalhar e colocar adiante minhas ideias. Tenho sorte de ter uma gravadora corajosa nesse mercado, de poder viajar com as turnês”, enumera.
A cantora não esconde a satisfação com o público, que, segundo ela, compreende e respeita seu trabalho. Aquele papo de que Maria Rita tomaria o lugar da mãe, Elis Regina, é coisa do passado. A filha da Pimentinha se impôs.
O SAMBA EM MIM:AO VIVO NA LAPA
De Maria Rita
Universal Music
CD: R$ 21,90
DVD: R$ 29,90
Devido à doença, foi cancelado o lançamento do CD e DVD O samba em mim, previsto para a semana passada, no Rio de Janeiro. Mas as férias serão curtas, pois ela segue para a turnê internacional, com apresentação marcada para quinta-feira no Festival de Montreux, na Suíça.
Disco e DVD reúnem registros do show de encerramento da turnê Coração a batucar, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. O primeiro tem 13 faixas, sete a menos que o DVD. Ambos são abertos por É corpo, é alma, é religião, que Maria Rita ganhou de presente de Arlindo Cruz, Rogê e Arlindo Neto.
Para os fãs, os primeiros versos – “Eu não nasci no samba/ mas o samba nasceu em mim” – soam quase como autobiográficos. “Não deixa de ser uma verdade. Arlindo Cruz escreveu com tanta propriedade que me deixou emocionada. É como se ele me dissesse: ‘Você é isso’. O mais interessante é que esse é um olhar de quem está de fora”, observa. A relação da cantora com Arlindo se estreitou a partir de 2007, quando ela lançou seu terceiro disco, Samba meu.
O DVD reúne repertório “fidelíssimo” à turnê de Coração a batucar, explica Maria Rita. As músicas que não fazem parte do CD estão ali para dar tempero ao projeto ao vivo. “Independentemente da formação da minha banda, canções como Num corpo só (de Luiz Claudio Picolé e Arlindo Cruz) e Abismo (Thiago Silva, Lelê e Davi Santos) causam verdadeira comoção na plateia. Apesar de ser uma apresentação crua – eu e a banda –, o show é forte com a participação da plateia. Quando desenhei o show, estava atenta à forma como o público entenderia o meu repertório”, observa.
RECALL Caxumba não foi o único problema às vésperas do lançamento. Um recall foi determinado pela gravadora Universal depois de identificar a troca de faixas no álbum. O áudio de Coração a batucar foi substituído por Num corpo só, que faz parte do DVD. A troca das versões CD físico e álbum digital pode ser feita sem custos por meio do SAC da gravadora. As instruções estão disponíveis no site www.universalmusic.com.br.
Maria Rita reconhece o erro e diz ter ficado chateada. “Quando chequei o áudio do DVD, não vi necessidade de fazer o mesmo com o CD”, conta. “Mas como um amigo disse, o disco com a faixa trocada vai virar item de colecionador. Meu primeiro álbum, lançado em vinil, hoje está custando R$ 1,5 mil”, brinca.
Às vésperas de completar 39 anos (em setembro) e 13 anos depois do primeiro disco, ela diz manter o alto nível de exigência. Reconhece: é chata em relação aos detalhes de seus projetos. “Claro que tem uma maturidade musical, outras curiosidades e vontades, mas não consigo fazer um balanço geral da carreira. Férias é bom para essas avaliações. Prefiro trabalhar e colocar adiante minhas ideias. Tenho sorte de ter uma gravadora corajosa nesse mercado, de poder viajar com as turnês”, enumera.
A cantora não esconde a satisfação com o público, que, segundo ela, compreende e respeita seu trabalho. Aquele papo de que Maria Rita tomaria o lugar da mãe, Elis Regina, é coisa do passado. A filha da Pimentinha se impôs.
O SAMBA EM MIM:AO VIVO NA LAPA
De Maria Rita
Universal Music
CD: R$ 21,90
DVD: R$ 29,90